sábado, julho 30, 2005
Numa aldeia típica
domingo, julho 24, 2005
Outra noite mágica em Monsanto
sábado, julho 23, 2005
Noite mágica em Monsanto
quinta-feira, julho 21, 2005
"É preciso roubar-se muito para se levar uma vida honesta."
Ao almoço, já em Lisboa, da boca de um empregado de mesa, a propósito do aumento de preços e do IVA...
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"O Ministro das Finanças pediu a admissão!"
quarta-feira, julho 20, 2005
Abri o meu laptop
domingo, julho 17, 2005
Punting, piquenique e chá das 5 com nuestros hermanos
sexta-feira, julho 15, 2005
O Arrastão que nunca foi
Este post do Rino e os respectivos links são de leitura imprescindível.
Que eu saiba, até agora só o Expresso desmentiu a notícia. E cá até tinha sido notícia de destaque na BBC e todos me perguntavam se as praias portuguesas são assim tão perigosas...
Sic transit gloria media.
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Que eu saiba, até agora só o Expresso desmentiu a notícia. E cá até tinha sido notícia de destaque na BBC e todos me perguntavam se as praias portuguesas são assim tão perigosas...
Sic transit gloria media.
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World's pictorial response to the London blasts
sexta-feira, julho 08, 2005
Seca
Cinefilia
Desta vez não é relâmpago...
Vôo para a Pátria a 19 de Julho e por lé espero ficar um mesito. Em Julho mais Lisboa, em Agosto mais Viana...
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quinta-feira, julho 07, 2005
Estranho e cruel Mundo, o nosso...
Ontem, em festa, Londres teve dificuldade em adormecer...
Hoje acordou em choque...
Admirável a serenidade agora demonstrada por esta gente que em poucas horas foi do Céu ao Inferno.
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Hoje acordou em choque...
Admirável a serenidade agora demonstrada por esta gente que em poucas horas foi do Céu ao Inferno.
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terça-feira, julho 05, 2005
Estúpido ou inteligente?
Ontem, quando me deitava (a almofada é mesmo boa conselheira) percebi que, alterando 5 linhas no código, um programa que era suposto correr durante 2 semanas poderia fazer a mesma coisa em menos tempo.
Hoje de manhã, faço a alteração e os resultados ficaram prontos em... 4 minutos! Sonora gargalhada* e logo alguém me disse que os computadores nos ensinam a ser impacientes em vez de preguiçosos...
*Só houve risota porque o programa tinha sido estreado ontem e não há 2 semanas...
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Hoje de manhã, faço a alteração e os resultados ficaram prontos em... 4 minutos! Sonora gargalhada* e logo alguém me disse que os computadores nos ensinam a ser impacientes em vez de preguiçosos...
*Só houve risota porque o programa tinha sido estreado ontem e não há 2 semanas...
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Um País que não muda...
Os seguintes textos foram-me mandados hoje pela Mãe (obrigado!). Não sendo eu um pessimista, não resisti a partilhá-los aqui. Descubram as diferenças entre o tempo em que foram escritos e os tempos que correm...
"O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
Eça de Queirós, no primeiro número d'As Farpas (1871)
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria. A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"
Guerra Junqueiro, in "Pátria", 1896
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"O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
Eça de Queirós, no primeiro número d'As Farpas (1871)
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria. A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"
Guerra Junqueiro, in "Pátria", 1896
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