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quarta-feira, junho 30, 2004


Sobre ser-se livre 

Decidi trancrever aqui um post descoberto por acaso no blog da Carla Hilário de Almeida Quevedo (que eu nem sequer conheço).
Há muito tempo que partilho este sentimento e que não encontrava forma nem tempo de o verbalizar. Ela fê-lo por mim, bem haja!

Quem corre por quem não gosta cansa-se

A verdadeira liberdade está em bastarmo-nos a nós próprios e, sobretudo, em gostarmos daqueles que não gostam de nós porque não precisamos do seu gosto para nada. Esse gosto que temos pelas pessoas é um gosto que resulta da aceitação da sua existência: as pessoas começam por ser só pessoas. Não há nada para, à partida, não gostar. Não gostar de alguém exige um determinado gasto de energia e por vezes maior do que aquela que dedicamos às pessoas de quem gostamos. Como se esse não gostar fosse mais excitante. Por isso digo-vos, sinceramente, que não há ninguém de quem não goste. Na minha pobre cabeça que não aguenta grande coisa não há espaço para não gostar de uma forma activa. Naturalmente, há coisas na vida de que não gosto, mas não faço desse não gostar um modo de vida.

No entanto, não há nesta recusa ao não gostar uma atitude de grandiosidade da minha parte. Não. Sei perfeitamente que as pessoas que gostam são habitualmente muito mais egoístas, muito mais livres, e não por não gostarem, mas precisamente por gostarem. Como se houvesse uma espécie de escudo que as protege em qualquer ocasião: não faz mal se não gostarem de nós, porque nós (que é o que importa) gostamos sempre mesmo de quem não gosta. E sim, por pura indiferença. E isto é tão verdade que ninguém acredita, porque ninguém gosta de acreditar que pode ser simplesmente dispensado, esquecido. Não gostar convém a muitas pessoas. Não sou capaz de dar assim tanto de mim.

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segunda-feira, junho 28, 2004


Ainda a imprensa inglesa... 

Mais uma humilhação, que até a BBC teve que publicar...

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domingo, junho 27, 2004


It's tough to be a sportsman in this Country! 

O comportamento idiota da comunicação social inglesa que ilustro abaixo é consequência directa das exacerbadas expectativas criadas em torno dos seus representantes desportivos. A possibilidade de derrota ou de existência de adversários mais fortes nunca é considerada. A pressão sobre os atletas é insustentável. E depois do fracasso vem a negação. Ainda hoje o Beckham arranja desculpas...
A atleta Paula Radcliffe viveu um calvário enquanto correu 5000 e 10000 metros porque nunca ganhou uma grande competição internacional. Era acusada de falhar sempre nos momentos importantes quando, como quem acompanha a modalidade sabe, era das atletas com mais "garra" e as outras (Ribeiro, Szabo, O'Sullivan e toda a armada africana) eram pura e simplesmente mais fortes. Felizmente para ela, na maratona revelou-se imbatível quando já ninguém lhe punha grande pressão...
Todos os anos, o desgraçado do Tim Henman está "obrigado" a ganhar Wimbledon e todos os anos se dissecam as razões do seu fracasso. Na minha opinião ele não tem nada de falhado, bem pelo contrário. Tornou-se até um jogador mentalmente muito forte (como se comprovou esta tarde). Mas há tenistas mais dotados e ponto final.
Não interessa que as defesas da Suiça e da Croácia fossem de malha larga ou a burrice dos golos nos descontos contra a França, o futebol que a Inglaterra praticava era imbatível porque, como aqui se dizia, havia um "goal power" que mais ninguém tinha.
Agora a pressão sobre o Rooney é tremenda. Não percebem, por exemplo, que aquele miúdo de 18 anos tem um corpo tipicamente britânico que vai entroncar e provavelmente lhe vai tirar velocidade e agilidade. E que compará-lo ao Pelé é anedótico uma vez que os seus recursos técnicos são apenas bons, não excepcionais.
E assim esta gente vai "saltando" de tragédia em tragédia apenas porque quer. Isto só não é completamente verdade porque

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Durão Presidente da CE? 

Decidi não comentar ainda em pormenor a situação política em Portugal não porque ache o futebol mais importante que os destinos da Nação mas porque se anda a especular e a dramatizar muito sobre algo indefinido. Quando houver anúncios oficiais e a nova realidade for efectiva, discutirei melhor este assunto. De qualquer modo, acho que é bom para o País que o Durão seja Presidente da Comissão Europeia (tal como seria se fosse o Vitorino) mas não me agrada vê-lo substituido pelo Santana como nosso Primeiro. Ainda assim, não creio que o Sampaio deva convocar eleições. Se quiserdes, comentai que eu depois explico as minhas razões...

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Pseudo-intelectual ou como escrever muito e dizer nada 

"Cinema", uma provável banda sonora imaginária de "cinema de autor", acaba por reflectir nas suas diversas dimensões – musical, poética e linguística – os traços distintivos de uma contemporaneidade claramente "europeia" e urbana, suportados por um conjunto de códigos e referências únicos, no fundo a música de Rodrigo Leão, e que é agora possível perceber na diversidade e qualidade de composições deste álbum: pelos diferentes idiomas utilizados, no ecletismo dos arranjos e sonoridades, na diferenciação dos formatos instrumental e canção, bem como pela escolha esclarecida de músicos e convidados.

Eu adoro a música do Rodrigo Leão mas, depois de ler esta longa frase (sim, reparem, é só uma frase!) na Voxpop, fiquei a saber o mesmo sobre o novo disco do homem e a pensar que quem escreveu a crítica não merece o emprego que tem. As aspas no "europeia" (qual será o significado "claramente" figurado?) são reveladoras...

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sábado, junho 26, 2004


"a nova face dos tugas" 

Aqui vai mais uma amostra da qualidade da imprensa britânica. Reparem na foto...
(novo obrigado ao Pedro Maria)

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Coitadinho do Beckham 

Foram-me chegando ao longo do dia de ontem...




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A ressaca no lado de cá 

Muita gente me tem perguntado como reagiram os Ingleses ao jogo de Quinta.
Para começar pensava-se que iriam todos para os Pubs ver o desafio mas apareceram muitos na sala do Wolfson College em que a Sociedade Portuguesa reuniu. Durante o jogo, Portugueses e Ingleses quase não se falaram mas também não houve provocações. No fim, enquanto nós berrávamos e nos abraçávamos, eles saiam caladinhos.
Devo dizer que recebi logo uma mensagem do meu colega inglês John, sempre muito correcto, a dar os parabéns e a assumir que Portugal jogou sempre melhor. Mas não foi capaz de deixar de mencionar a lesão do "puto" e o golo anulado...
Na rua um silêncio sepulcral. No trajecto para casa do Eduardo, onde nos reunimos para umas pizzas comemorativas (não se arranjou bacalhau), o único incidente da noite: um senhor de meia idade, acompanhado pela esposa, que se cruzou connosco com um semblante frustrado, deu um encontrão no nosso Presidente Coelho que ostentava um cachecol da Selecção. Optámos por ignorar...
No dia seguinte, no laboratório, evitei (e o mesmo fez a minha colega Ana Teresa) tomar a iniciativa de falar no jogo ou de fazer qualquer tipo de provocação. Seria (e foi) um dia normal de trabalho. Deixei a bandeira em casa. Sabia o que não gostaria que me fizessem se Portugal perdesse. Aceitei os muitos parabéns que recebi (nomeadamente deste Escocês), só discuti o jogo com quem tomou a iniciativa de vir falar comigo sobre isso e procurei fazê-lo de forma objectiva. O meu único momento indiscreto foi a "palmada" cúmplice com o "chefe" Samuel na cantina. Tirando um parvalhão crónico que ladrava qualquer coisa sobre árbitros e uma histérica que palrava "You were so lucky!", os Ingleses do laboratório foram exemplares e, embora se notasse alguma decepção, relacionaram-se connosco sem ponta de mágoa ou tensão. Uns deram os parabéns, outros pura e simplesmente não falaram de futebol (o que eu respeito). É justo assinalar que nem todos os Portugueses do laboratório foram discretos. O Professor Carlos Caldas vestiu a camisola da Selecção e exibiu durante todo o dia "aquele" sorriso, quase provocatório, que acredito não o terá feito muito popular mas enfim...
Infelizmente, os meus colegas ingleses não são representativos. A maioria da população segue a opinião da comunicação social que, neste País, é absolutamente nojenta. As capas dos tablóides, os jornais que mais vendem, são o que se sabe ("apanhados", nas palavras do Luís Rainha):

Mas até a BBC segue a onda e disseca o golo anulado, com os seus "especialistas" (que não devem saber para que serve a pequena área), apesar de reconhecerem que Portugal jogou melhor, a acusarem o árbitro e até a invocarem uma notícia de ontem do ignóbil The Sun em que o dito teria reconhecido o erro e pedido desculpa (não se lê ou ouve essa notícia em mais lado nenhum). O lance em que uma bola parece ter pairado sobre a linha de baliza inglesa foi obviamente ignorado. Mais ridículo ainda é uma selecção de imagens da segunda parte, em que os jogadores do meio campo inglês olham para todos os lados e não sabem o que fazer à bola, usadas para provar a influência dramática da lesão do Rooney no desfecho da partida. O Beckham, coitadinho, procurava o Rooney para lhe passar a bola e não o encontrava...
A minha visão das causas deste comportamento será dada num dos posts seguintes, ainda hoje.
Por fim, e voltando a gente saudável, não deixem de ler este belo post do Rino.

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O Som da Vitória 

Já que o meu primo Rui Pedro não põe estas coisas que me envia (obrigado!) no blog dele, partilho eu convosco estas pérolas radiofónicas com a assinatura do incontornável Jorge Perestrelo:


O golo do Postiga


O golo do Rui Costa


O "petardo" do Ricardo

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Saudade 

Obrigado Pedro Maria!

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Símbolos nacionais 

A minha querida amiga Telma enviou-me dois ficheiros com o seguinte comentário:
Vale a pena saber o que significa o que andamos a mostrar aos outros!
Quantos de vós sabem a origem dos nossos Hino e Bandeira?

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Real Falo Digital 

Limito-me a transcrever a mensagem que me enviou um colega espanhol:

Bueno menos futbol que ya está bien...
Alguno ha visto el video de Don Juan Carlos saludando?
Sólo queda decir como Forges... País...éste
Por si no había ya suficientes razones para hacerse republicano...
http://www.elmundo.es/elmundo/2004/06/24/espana/1088095266.html

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sexta-feira, junho 25, 2004


Amor Intelectual 

Ouvida hoje no laboratório:
A Matemática é a melhor amante. Podemos levá-la para a cama com a mulher.

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Premonições 

No laboratório, antes do jogo, um colega inglês disse-me: "logo não sei quem ganha mas sei que vai ficar 8-7 se contarmos com os penalties...".
Quando o encontrar de manhã vou sugerir-lhe que comece a jogar a dinheiro.

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Não há limites para o sofrimento de um adepto de futebol... 



Épico, dramático, quase sádico para os adeptos... Tudo acabou bem!
Vi o jogo com os amigos compatriotas e não faltaram abraços e festejos no final. Mas ao sabermos destas notícias, tivemos todos pena de não estar em Portugal.

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quinta-feira, junho 24, 2004


Conversa da treta na Rádio 

Acabo de dar uma entrevista de 5 minutos para a Capital Gold, uma importante rádio de Londres com emissão nacional. O tema? O jogo de logo à noite, claro. Andavam à procura de puros adeptos portugueses e, como a apresentadora é cunhada do meu "chefe"...
Lá fui um pouco mais generoso que os Ingleses que não fazem por menos e acham que a Inglaterra vai ganhar por 3-0. Fiz a previsão do resultado de 3-1 para Portugal, com golos de Rnaldo, Figo, Owen e Deco, por esta ordem. O apresentador ficou surpreendido com o nome do Owen: aqui toda a gente pensa que o Rooney vai marcar todos os golos da Inglaterra nos próximos 10 anos. E reagi com bravura à provocação de que o Figo está velho.
Explicaram-me que em Inglaterra se comem "hot dogs" e se bebe cerveja (quem diria) enquanto se assiste aos jogos e eu lá lhes disse que gostava mais de bacalhau e Vinho do Porto. O apresentador lá me confessou que hoje beberia Mateus Rosê...
Depois tornei-me mais incisivo e, quando perguntaram como é que os Portugueses reagiam quando ficavam tristes, expliquei que nos limitávamos a chorar, não afogávamos as máguas em cerveja...
Enfim, conversa da treta ao vivo (ou melhor, com cerca de 40 segundos de "delay", não fosse eu dizer algo que merecesse censura) para milhões de "brits"...

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quarta-feira, junho 23, 2004


Glorious British Weather 

No Sábado granizou... Hoje a temperatura ainda não ultrapassou os 15 graus (mínima de 6) e a chuva é tanta e o vento tão forte que optei por ficar a trabalhar em casa (bendita InterNet).
O que vale é que o meu humor é pouco sensível ao tempo. E estaria pior se estivesse no Texas.

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Enganamos bem... 

A celeridade com que as autoridades lusas têm domado e repatriado as embriagadas bestas inglesas faz com que aqui se comente, com muita frequência, que a Inglaterra deveria importar polícias e juízes de Portugal, para acabar com a habitual pancadaria de Sexta e Sábado à noite, à hora de fecho dos Pubs.

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Joana, Tiago e Catarina 

Aqui partilho convosco 3 lindas lembranças de uma tarde de Junho muito bem passada na Cotovia. Segundo a Margarida (Mãe da Joana e do Tiago), as fotos são premonitórias. Talvez... Mas, enquanto não arranjo Mãe para os meus, é muito divertido "treinar" com os filhos dos outros!


Com a Joana


Com o Tiago


Com a Catarina (e a Mãe Marta)

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segunda-feira, junho 21, 2004


Celebração 

Se quereis ter uma ideia de como vivi o jogo de ontem, espreitai esta galeria.

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Foi um regalo vê-los jogar. Finalmente! 






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sábado, junho 19, 2004


Cospe com o Totti! 


24 horas depois de a UEFA ter considerado o rapaz culpado de conduta antidesportiva grave, já havia na Web um jogo alusivo ao assunto. Reconheço que é de mau gosto mas é muito divertido, garanto-vos...

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quinta-feira, junho 17, 2004


Parolos? 

Há 3 semanas, antes de partir para Portugal, comecei a reparar em bandeiras inglesas colocadas nas janelas e nos automóveis. Explicaram-me que era a forma de apoiar a Selecção. Pensei eu: "Parolos!".
Ao chegar a Portugal, bandeiras por todo o lado. E dei por mim a adorar ver o País assim engalanado, festivo e patriótico e a fazer-me acompanhar pela bandeira nos jogos da nossa Seleção. Hoje a bandeira veio comigo.
E já perdoei aos Ingleses, que tomei por parolos apenas porque a bandeira deles não era a minha.

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Home Sweet Home 

Quando saí do Porto era Verão, a temperatura era alta, o céu azul e o Sol radioso. Durante o vôo, o mesmo Sol iluminou algumas fantásticas paisagens da Galiza e da França e o mesmo céu deu um lindo tom azul aos mares da Biscaia.
Cruzar o Canal da Mancha foi comparável, perdoem-me o léxico reminiscente dos meus dias felizes na Física, a uma transição de fase. Subitamente passei a sobrevoar um opaco manto de nuvens. Quando aterrei em Londres, corria um vento fresco sob um céu plúmbeo.
Como se não bastasse esta manifestação de boas vindas, o autocarro que era suposto levar-me a Cambridge apareceu com 20 minutos de atraso. Ao parar na respectiva baía, embateu com um retrovisor lateral na placa identificativa da dita baía. Houve troca de motorista mas o incidente não foi comunicado pelo rendido ao substituto. Quando nos preparávamos para arrancar, o último apercebeu-se que não conseguia regular o retrovisor e, enquanto um casal de pombos copulava, malas e passageiros foram transferidos para o autocarro seguinte, que entretanto aparecera, tal o atraso. Por sorte, este era dos que fazia o percurso mais longo, com mais paragens, e fui assim recompensado com um longo e inusitado passeio pela East Anglia. Cheguei a casa faminto e já com saudades de Portugal...
O meu bom humor foi, apesar de tudo, parcialmente restaurado por ter sido levado a casa por uma jovem e simpática taxista e pelos mimos da voz amiga da Patrícia. Porém, nesse oportuno telefonema, a cachopa informou-me que o tempo em Londres tinha estado solarengo até ontem.
Amanhã volto a ver amigos e colegas e serei feliz outra vez.

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O Efeito Futebol 

Levantei hoje do Porto em direcção a Heathrow às 16:15h. A escolha do vôo prendeu-se não só com questões de conveniência pessoal mas também com a tarifa relativamente baixa associada a este vôo em particular. Sendo esta uma época de grande movimento e estando os vôos para Londres sempre cheios, estranhei que houvesse muitos lugares vazios (eu tinha 3 só para mim) e que quase todos os passageiros fossem Portugueses. Só depois me lembrei que a Inglaterra jogava com a Suiça às 17h...

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quarta-feira, junho 16, 2004


Portugal 2 - 0 Rússia 


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sexta-feira, junho 11, 2004


Na mesma... 





Numa altura em que a descredibilização da classe política me faz ansiar por caras novas, quando aterrei em Portugal vi as caras do costume nos cartazes...
Numa altura em que as eleições são as Europeias, discutiu-se política interna...
Vou votar em consciência mas sem entusiasmo.

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quinta-feira, junho 10, 2004


Sem palavras 

Nestes dias, os computadores e a escrita têm sido trocados pelo convívio directo com muitos dos meus entes mais queridos...

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sexta-feira, junho 04, 2004


3000! 

Depois da Teresa e do Geraldo... a Teresa!

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