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sexta-feira, dezembro 31, 2004


Balda 

Alguém é capaz de me dar um bom motivo para que uma grande parte dos funcionários públicos não tivesse trabalhado no último dia do ano sem gastar um dia de férias? Por que motivo, num dia útil sem qualquer significado histórico ou religioso, não pude tratar de assuntos pendentes na Faculdade de Medicina por encontrar todos os serviços fechados? Lisboa estava sossegada como se fosse Sábado. Crise, qual crise?

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domingo, dezembro 19, 2004


Feições, indumentária e cabelo enganadores 

Ao meu lado vinha uma criança de 2 anos muito sossegada. O bom comportamento, segundo a progenitora, devia-se à febre... Por três ou quatro vezes apareceram as hospedeiras e perguntaram:
- Como está a menina?
E em todas a Mãe respondeu:
- É menino e chama-se Renato.

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Paciência 

No período natalício os atrasos nos vôos tendem a ser mais frequentes. Há mais gente a viajar, mais vôos e o tempo é normalmente chuvoso, o que não ajuda. Os vôos da noite são particularmente afectados devido à acumulação de atrasos ao longo do dia. Foi assim com naturalidade e serenidade que encarei o atraso da partida para o Porto e para as férias. Habituado a estas andanças, tenho sempre um livro, papel e caneta e, às vezes, o laptop ou um jornal para não desperdiçar os tempos “mortos”.
Pelo que percebi, nenhum passageiro tinha qualquer compromisso agendado para essa noite. O atraso significava apenas ver os familiares um pouco (aproximadamente 1 hora) mais tarde, jantar mais tarde, deitar mais tarde. Mas nem por isso evitei ser perturbado por especulações inúteis sobre a natureza do atraso e por lamentos e queixas enfatizados por vernáculos que me dispenso de reproduzir aqui.
O bom exemplo veio de uma encantadora criança que, apesar de nitidamente cansada, não deixou de brincar tranquilamente com um gatinho de peluche. Ingenuamente ou talvez pressentindo a irritação reinante, percorreu toda a sala de embarque e abordou cada passageiro: “Gostas do meu gatinho? Faz festinhas no meu gatinho?”. A doçura da miúda devolveu o sorriso e a calma aos passageiros e o vôo foi calmo.
Termino com uma nota para quem gosta de estereótipos. Durante a viagem ainda ouvi uns quantos palavrões impacientes vindos de um indivíduo de pele morena, bigode preto, camisa aberta, crucifixo, gel em pouco cabelo que enrolava ao chegar ao pescoço, barriga, telemóvel topo de gama com toque polifónico mas dentes que nunca viram dentista.

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quarta-feira, dezembro 15, 2004


Morangos 

Atentai na variedade de morangos portugueses que por cá se vendem:

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segunda-feira, dezembro 13, 2004


Bem jogado! 

1. Pelo Porto, que se sagrou Campeão do Mundo, isto dias depois de ter vencido e marcado dois belos golos à equipa mais cara do planeta. Numa altura em que o futebol naciona de clubes está nivelado por baixo, sabem bem estes brilharetes de dimensão internacional.

2. Pela RyanAir, que me permite ir a casa votar nas próximas Eleições por um terço do preço que habitualmente pagava para voar para a Pátria.

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quinta-feira, dezembro 09, 2004


Valeria: française ma non troppo 

- É engraçado, falas Inglês com sotaque Francês, pensei que fosses Italiana…
- Sou Italiana. Mas aprendi Inglês quando vivia em França. Em França, em todas as escolas se ensina Inglês com sotaque Francês. Os próprios professores não sabem falar de outra forma.
- Pois, os meus amigos Espanhóis queixam-se do mesmo.


Fosse o nosso País mais rico no tempo do Salazar, fossemos nós culturalmente chauvinistas ou tivéssemos algum preconceito contra a cultura anglo-saxónica e teríamos tido o azar de gramar com dobragens (em vez de legendas) na televisão e no cinema. Os Portugueses também têm algum sotaque mas pelo menos sempre vão tomando contacto com a sonoridade do Inglês falado na origem. Há decisões políticas aparentemente simples que afectam profundamente várias gerações. Espanhóis, Franceses e Italianos que o digam. Andam anos a aprender Inglês na escola para chegarem a Inglaterra e terem dificuldade em perceber o que lhes dizem ou em fazerem-se perceber.
Só concebo dobragens em certo tipo de documentários ou em programas para crianças que ainda não sabem ler. Qualquer outra utilização é uma aberração cultural.

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Inglesa Mentideira 

O Pedro chamou-me a atenção para este estudo que só vem ratificar a minha opinião sobre a mulher inglesa.
Pergunto-me quais seriam os resultados se a sondagem fosse feita em Portugal. Decidi investigar eu mesmo. Começo pela pergunta mais simples e depois logo se vê...

Mulher Portuguesa, mentes para evitar situações embaraçosas?
Sim / Não / Raramente
(Ver resultados)


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domingo, dezembro 05, 2004


Opinião 

Mais alguém a concordar comigo e a trazer a perspectiva de Bruxelas…

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quinta-feira, dezembro 02, 2004


The Hutch 

Disse aqui um dia que o melhor de qualquer trabalho são as pessoas. Eis aqui a minha singela homenagem àquelas com quem me vou cruzando e interagindo diariamente:

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Dissolução 

Eu sou dos que pensam que o Presidente da República tem estado bem na avaliação da situação política em Portugal e tem sido das poucas pessoas com bom senso nessa matéria.
Em Junho disse aqui que o Sampaio não devia convocar eleições. Não me parecia haver fundamentação sólida para exercer esse direito que a Constituição lhe faculta. Há que jogar segundo as regras e argumentar que o novo Primeiro Ministro não fora eleito é ignorar que é à Assembleia que compete escolher o Governo e que aquela fora legitimamente eleita para 4 anos. Argumentar com a vontade popular é especular e, pela mesma ordem de ideias, haveria que convocar eleições sempre que a popularidade de um Governo andasse pela mó de baixo (o que normalmente acontece a meio dos mandatos, quando as medidas mais difíceis são tomadas). Dizer que a incompetência do Santana Lopes era a priori óbvia não é de todo descabido mas formalmente não passa de um argumento pouco objectivo e característico de “profetas da desgraça”, uma vez que o homem nunca tinha chefiado um Governo. Por último, tendo o Sampaio incentivado o Durão Barroso a ir para a Comissão, era estranho que um adepto da “estabilidade” dissolvesse a Assembleia logo a seguir.
Dito isto, acho acertada a decisão de dissolver a Assembleia agora. Foram demasias broncas em 4 meses para que este Governo merecesse mais o benefício da dúvida. Quando se chega ao ponto em que o próprio elenco governativo é uma incógnita e em que um Ministro bate com a porta ao fim de 4 dias, fazendo as acusações que fez...
O mais interessante nisto é que provavelmente estes 4 meses pouparam-nos 4 anos de incompetência. Não é para mim claro que o Santana Lopes, ainda sem se ter “queimado” no Governo, perdesse umas eleições contra o desgastado e fraquinho Ferro Rodrigues. Basta lembrar que as sondagens nessa data não davam grande diferença e pensar no que se passou na campanha para a Câmara de Lisboa.
Sob o ponto de vista eleitoralista, o PS pode agradecer ao Sampaio. Vai para as próximas eleições bem maquilhado, com um novo líder e com o principal adversário “de rastos”. E, como bónus, vai ter o António Vitorino a elaborar um Programa de Governo. Foi pena ele não ter ido para a Comissão e foi pena ele não ter querido liderar os Socialistas.
Para o PSD também há aspectos positivos. Vê-se livre do incómodo, inepto e contra-producente parceiro de Coligação que já anunciou concorrer sozinho às próximas. Duvido que alguém volte a querer coligar-se com o PP enquanto houver Portas. É também uma boa oportunidade de se ver livre dum populista incompetente chamado Pedro Santana Lopes. Era bom para o partido (e bom para o País) que o PSD corresse com ele. Esperemos que alguém avance para lhe fazer frente.
O que me precupa em todas estas reviravoltas dos três últimos anos é a dificuldade que os partidos têm em se renovar. Isto é particularmente grave nos dois únicos partidos com vocação governativa, que parecem estar em permanente recauchutagem. Sondagens como esta ilustram bem a escassez de alternativas e de confiança nos políticos. As pessoas competentes cada têm cada vez mais relutância em ir para o Governo. No meio profissional têm respeito, o seu mérito é reconhecido e são bem pagas. Na política, fazem-lhes a vida negra.
O PSD, provavelmente o partido com os melhores quadros, tem agora uma boa oportunidade para arrumar a casa e fazer essa renovação. Espero (mas duvido) que a aproveite porque o País não pode continuar a escolher “do mal o menos”. É preciso alternativas, é preciso oposição construtiva e está na hora de começarmos a ter eleições ganhas por mérito próprio e não por demérito do adversário.

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quarta-feira, dezembro 01, 2004


English cattle 

Por que razão é que elas insistem em andar na rua usando mini-saias que mais parecem cintos e exibindo decotes até ao umbigo quando a temperatura exterior ronda os zero graus centígrados? E por que motivo é que elas não percebem que muita banha de fora não é sensual e, embora ajude a proteger do frio, não é suficiente para evitar tremores e lábios roxos? Será que ninguém lhes disse que os bares e as discotecas têm cabides para pendurar agasalhos?
Macabro e inestético espectáculo aquele a que se assiste nas ruas de Cambridge (e um pouco por todo o Reino) todas as noites...

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