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domingo, abril 11, 2004


Páscoa Feliz! 

Sinais dos tempos e do estilo de vida: nos últimos 6 anos, só em 2001 passei o período da Páscoa em Viana. 1999 foi em Nova Iorque, 2000 (se bem me lembro) foi em Atenas, 2002 foi em Heidelberg, 2003 foi em Cambridge e 2004 é em Cambridge. Ainda que não seja religioso nem atribua o mesmo simbolismo de festa familiar que dou ao Natal, sinto que esta época (e em particular este dia) deve ser especial. Em casa ou no estrangeiro, tem-no sido sempre: a companhia foi sempre excelente e a comida (já cá faltava) também. Ainda que tenha aproveitado estes dias de sossego (foi quase toda a gente de férias, estou sozinho em casa) para trabalhar e para, finalmente, ter algum tempo para mim, logo cozinharei bacalhau e receberei a visita de amigos para o jantar.

Já agora, deixo-vos com algumas notas histórica sobre as pagãs origens da Páscoa.

Eastre
A chegada da Primavera era celebrada pelos antigos Saxões com uma grandiosa festa em honra de Eastre (de onde vem Easter, o nome que os anglófonos dão à Páscoa), a sua Deusa da fertilidade e da Primavera. Quando os missionários Cristãos do século II se depararam com as celebrações pagãs, tentaram converter os nativos mas de uma forma clandestina. Teria sido suicida para os primeiros Cristãos celebrar os seus dias santos com rituais muito diferentes dos já existentes. Assim, os missionários muito inteligentemente decidiram passar a mensagem religiosa de uma forma mais suave e gradual, permitindo-lhes continuar com as festas pagãs mas em moldes Cristãos. A festa da Eastre dava-se na mesma época que a celebração da Ressurreição de Cristo. E assim a conversão foi mais fácil.

A Data
Antes do ano 325, a Páscoa era celebrada em diferentes dias da semana, incluindo Sexta, Sábado e Domingo. Nesse ano, o imperador Constantino convocou o Conselho de Nicaea e ficou decidido que a Páscoa seria celebrada no primeiro Domingo depois da primeira lua cheia (eclesiástica, nem sempre coincide exactamente com a astronómica) no ou depois do equinócio vernal (21 de Março).

O Coelho da Páscoa
O Coelho não é uma invenção moderna. O símbolo tem origem no festival pagão da Eastre. A Deusa era adorada pelos Anglo-Saxões através do seu símbolo: o coelho. Os Germânicos levaram o símbolo para a América e lá foi ignorado pelos Cristãos até pouco antes da Guerra Civil. Aliás, os festejos da Páscoa só se generalizaram na América depois desse período.

O Ovo da Páscoa
A troca de ovos na Primavera era já um costume de séculos quando a Páscoa se começou a celebrar pelos Cristãos. Desde os primórdios que o ovo é um símbolo de fertilidade e renascimento em muitas culturas. Era costume os ovos serem embrulhados em folha de ouro ou, no domínio campestre, serem coloridos através da fervura com folhas ou pétalas. Actualmente, as crianças "caçam" ovos coloridos e colocam-nos nos cestos da Páscoa juntamente com a versão moderna dos ditos ovos - os de chocolate.

O Carnaval
O Carnaval surgiu como um dia de farra e abusos para que as pessoas se pudessem saciar antes dos 46 dias de suposto sacrifício que medeiam entre a Quarta de Cinzas e a Páscoa, período a que chamam Quaresma.

Votos de uma Páscoa Feliz para todos!

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