segunda-feira, maio 10, 2004
A primeira pessoa...
Normalmente interesso-me bastante pelas pessoas com quem lido e por isso tenho tendência a provocar as mais tímidas e reservadas. E se, por um lado, aprecio gente discreta, por outro, desagrada-me a atitude de quem nunca se expõe para não se comprometer ou de quem adopta uma postura ambígua e secretista para criar uma falsa aura de mistério. Gente assim sói ser desinteressante.
Porém, confesso que sou ainda mais irritável por pessoas que aproveitem todo e qualquer assunto para falar de si. São as que entram em todas as conversas, falam alto, começam todas as frases por "eu" e direccionam sempre as intervenções no sentido de impressionar o interlocutor com as suas incomparáveis qualidades, o seu gosto selecto, a sua completíssima experiência de vida... São as que nunca perguntam aos outros como estão ou o que fazem, a não ser que isso lhes permita compararem-se favoravelmente ou uma deixa para mais uma verborreia egocênctrica. São as que fazem não aquilo que querem fazer mas sim aquilo que querem que os outros as vejam fazer. Toda esta postura é obviamente reveladora de grande insegurança, falta de auto-estima e de carência ao nível dos afectos. Todas as limitações e vulnerabilidades desta gente estão expostas, não precisam de ser descobertas.
E, por este motivo, cada vez me irrito menos e reconheço que há uma grande vantagem em conhecer e lidar com pessoas desta natureza. Porque às vezes nos portamos da mesma maneira, servem-nos muitas vezes de espelho, fomentam a nossa auto-crítica, ajudam-nos a melhorar, fazem-nos medir, avaliar e adequar a frequência com que usamos a palavra "eu", revelam as nossas próprias fraquezas. Bem hajam!
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Porém, confesso que sou ainda mais irritável por pessoas que aproveitem todo e qualquer assunto para falar de si. São as que entram em todas as conversas, falam alto, começam todas as frases por "eu" e direccionam sempre as intervenções no sentido de impressionar o interlocutor com as suas incomparáveis qualidades, o seu gosto selecto, a sua completíssima experiência de vida... São as que nunca perguntam aos outros como estão ou o que fazem, a não ser que isso lhes permita compararem-se favoravelmente ou uma deixa para mais uma verborreia egocênctrica. São as que fazem não aquilo que querem fazer mas sim aquilo que querem que os outros as vejam fazer. Toda esta postura é obviamente reveladora de grande insegurança, falta de auto-estima e de carência ao nível dos afectos. Todas as limitações e vulnerabilidades desta gente estão expostas, não precisam de ser descobertas.
E, por este motivo, cada vez me irrito menos e reconheço que há uma grande vantagem em conhecer e lidar com pessoas desta natureza. Porque às vezes nos portamos da mesma maneira, servem-nos muitas vezes de espelho, fomentam a nossa auto-crítica, ajudam-nos a melhorar, fazem-nos medir, avaliar e adequar a frequência com que usamos a palavra "eu", revelam as nossas próprias fraquezas. Bem hajam!
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