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quinta-feira, junho 17, 2004


Home Sweet Home 

Quando saí do Porto era Verão, a temperatura era alta, o céu azul e o Sol radioso. Durante o vôo, o mesmo Sol iluminou algumas fantásticas paisagens da Galiza e da França e o mesmo céu deu um lindo tom azul aos mares da Biscaia.
Cruzar o Canal da Mancha foi comparável, perdoem-me o léxico reminiscente dos meus dias felizes na Física, a uma transição de fase. Subitamente passei a sobrevoar um opaco manto de nuvens. Quando aterrei em Londres, corria um vento fresco sob um céu plúmbeo.
Como se não bastasse esta manifestação de boas vindas, o autocarro que era suposto levar-me a Cambridge apareceu com 20 minutos de atraso. Ao parar na respectiva baía, embateu com um retrovisor lateral na placa identificativa da dita baía. Houve troca de motorista mas o incidente não foi comunicado pelo rendido ao substituto. Quando nos preparávamos para arrancar, o último apercebeu-se que não conseguia regular o retrovisor e, enquanto um casal de pombos copulava, malas e passageiros foram transferidos para o autocarro seguinte, que entretanto aparecera, tal o atraso. Por sorte, este era dos que fazia o percurso mais longo, com mais paragens, e fui assim recompensado com um longo e inusitado passeio pela East Anglia. Cheguei a casa faminto e já com saudades de Portugal...
O meu bom humor foi, apesar de tudo, parcialmente restaurado por ter sido levado a casa por uma jovem e simpática taxista e pelos mimos da voz amiga da Patrícia. Porém, nesse oportuno telefonema, a cachopa informou-me que o tempo em Londres tinha estado solarengo até ontem.
Amanhã volto a ver amigos e colegas e serei feliz outra vez.

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