sábado, agosto 07, 2004
Tangueiro?
Não se desperdiçam Festivais destes...
Depois dos clássicos meninos prodígio (e algumas guapas que mereciam direito a solo), Tango. A noite até estava quente e húmida, convidativa... Os músicos eram excelentes, o repertório bem escolhido e fui "tocado" por muitas das notas. Acabei por comprar o CD, autografado pois claro. O par dançante também deu boa conta de si.
O serão teria sido perfeito não fosse a aparente acefalia da organização na escolha do local. É um facto que o calor e a humidade são culpa da geografia e do S.Pedro, que essas condições até ajudaram a simular o Verão de Buenos Aires e que os ares condicionados não costumam agradar a muitos artistas. É também verdade que a acústica mais adequada a música solene (o imponente orgão encastrado a toda a largura da parede do fundo era fiável bastião desta ideia) até beneficiava o acordeão. E não é menos certo que a vocação de sala de baile do espaço deu aos bailarinos o piso certo. O que ninguém entende é que o público estivesse sentado em cadeiras colocadas no mesmo plano em que dançavam Mina e Giraldo. Resumindo, só quem estava sentado na primeira fila é que via os pés dos ditos. Ver Tango sem ver os pés dos bailarinos não é ver Tango. Cambridge até está bem servida de anfiteatros... Ironicamente os músicos estavam colocados num plano 2 metros acima do chão e podiam ser observados, corpo inteiro, de qualquer canto da sala. Reclamei educadamente ao intervalo e vi partes do espectáculo de pé em cima de um radiador...
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