quinta-feira, dezembro 09, 2004
Valeria: française ma non troppo
- Sou Italiana. Mas aprendi Inglês quando vivia em França. Em França, em todas as escolas se ensina Inglês com sotaque Francês. Os próprios professores não sabem falar de outra forma.
- Pois, os meus amigos Espanhóis queixam-se do mesmo.
Fosse o nosso País mais rico no tempo do Salazar, fossemos nós culturalmente chauvinistas ou tivéssemos algum preconceito contra a cultura anglo-saxónica e teríamos tido o azar de gramar com dobragens (em vez de legendas) na televisão e no cinema. Os Portugueses também têm algum sotaque mas pelo menos sempre vão tomando contacto com a sonoridade do Inglês falado na origem. Há decisões políticas aparentemente simples que afectam profundamente várias gerações. Espanhóis, Franceses e Italianos que o digam. Andam anos a aprender Inglês na escola para chegarem a Inglaterra e terem dificuldade em perceber o que lhes dizem ou em fazerem-se perceber.
Só concebo dobragens em certo tipo de documentários ou em programas para crianças que ainda não sabem ler. Qualquer outra utilização é uma aberração cultural.
2 comentários
Comentários Blogger(2):
E não só!
Se olharmos para um filme como uma obra de arte, o audio tem de ser considerado parte da arte. Dobrar um filme seria como pintar por cima de um quadro de Picasso!
Num documentário aceita-se. Mas abro excepções para documentários de cariz extremamente pessoal, por exemplo os do Michael Moore. A entoação de voz dele é parte fundamental da ideia que quer transmitir.
Por Nelson, Ã s 12:25 da manhã
quando vens a portugal?
eu ja ca estou
abraço
Por laranjeiro, Ã s 6:23 da tarde
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