Nuno

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É curioso como as pessoas são geralmente mais complexas do que aparentam mas muito mais simples do que querem aparentar.
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Acaba de ser divulgada uma notícia triste (embora esperada) para a Ciência: morreu Francis Crick.
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Hoje houve um jantar a três, tão inusitado quanto inesquecível. Entre muitas reflexões importantes, uma que já não é idédita para mim mas que sempre me comove e me faz pensar na sorte que tenho.
Austrália, Bélgica, Bulgária, Canadá, China, Egipto, Espanha, Estados Unidos, Irão, Israel, Itália, Malásia, Portugal, Reino Unido (Escócia e Inglaterra), Rússia, Sérvia, Singapura: são estas as nacionalidades representadas nas menos de 40 pessoas que integram o Cancer Genomics Program, em que trabalho. Quando cheguei, há ano e meio, também a Alemanha, a França, Gales, a Irlanda e a Turquia estavam representados. Há judeus, muçulmanos, budistas, católicos, protestantes, hindús e ateus, para já não falar em etnias ou orientações políticas. Estas pessoas trabalham (e bem) juntas, almoçam juntas, jogam futebol juntas, vão ao cinema juntas, vão a casa umas das outras, enfim, partilham espaço e tempo profissionais, sociais, pessoais... Como em todos os meios, há problemas, mas essencialmente aqueles que resultam de questões de personalidade e normalmente geridos com civismo e tolerância.
Num mundo ainda muito xenófobo, dominado por medos e preconceitos e cuja história tem as páginas mais negras associadas a intolerâncias religiosas, étnicas, políticas e culturais, serão poucos os lugares assim. Conheceis algum?
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Um dos novos amores da minha vida


Talento nato e mundialmente reconhecido


Amizade luso-egípcia


Os meninos à volta da fogueira


A especialista
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Depois de ler esta notícia, não podia deixar de recomendar a assinatura desta petição.
(Obrigado Maria pela informação.)

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...dois dias de Sol e calor, duas festas ao ar livre (na relva), calções e sandálias... Em breve haverá aqui fotos.
E agora cama, para beneficiar do efeito sonífero da sangria e da caipirinha...
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Sem surpresa, que as mãos já se tinham calado há mais de uma década, desaparece um dos meus ídolos musicais. A memória, essa é imortal, assim como a música:

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Apetecia-me que os dias fossem mais longos para poder escrever mais neste espaço. Queria partilhar convosco a minha opinião sobre a situação política em Portugal, a sorte que tenho pelos amigos que me visitam, o espanto pela inédita variedade de insectos com que convivo pacificamente em Cambridge, o nojo por um jornalismo desportivo que só fala no futebol do defeso quando um notável atleta luso dá cartas no Tour, o sentimento da importância de relações baseadas unicamente no prazer de estar, a qualidade de vida conferida pelos espaços verdes, o gosto por um guião de cinema assente em bons diálogos...
Mas há um paper para publicar e dois novos projectos excitantes a bulir na minha cabeça e nos meus contactos. E há colaborações nos também excitantes projectos de outros. E há festivais de cinema, teatro e música. E há o futebol e o ténis. E há a preguiça. E há o incurável vício social. E há, sobretudo, os amigos, os que cá estão e os que visitam, com quem todo o tempo sabe a pouco.
E o preço a pagar por dias felizmente tão plenos é o sono que entorpece os dedos no momento de escrever.
Talvez amanhã, talvez...
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...em Cambridge não há farmácias de serviço, durante a noite?
Se, às 10 da noite, precisar de um medicamento, tenho que dar entrada nas Urgências do Addenbrooke's Hospital e convencer os médicos que realmente preciso do dito.

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Obrigado à Joana pela foto...

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Fico perplexo sempre que ouço alguém que não sabe o que quer dizer que não tem o que quer porque é muito exigente e selectiv@...

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Desde que ingressei na Academia que me apercebo que as lutas por espaço são muito mais ferozes que as lutas por dinheiro. Quando era aluno no Técnico, lutávamos por uma Sala de Computadores. Foi muito mais difícil e desgastante negociar o espaço do que as verbas para as máquinas. Na mesma altura, os Departamentos degladiavam-se por mais gabinetes.
Quando fui para a Faculdade de Medicina, operavam-se verdadeiros milagres na arquitectura de interiores para sentar toda a gente. Felizmente o novo Instituto veio aliviar por uns anos a situação.
Chego a Cambridge e concluo que há bastante dinheiro para contratar novos investigadores, não há é onde os pôr a trabalhar...
É por estas e por outras que é impossível despolitizar este mundo.

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Merda! Tinha escrito aqui um longo e detalhado post sobre a minha experiência cinematográfica de Sexta à noite mas o blogger "passou-se", na altura de publicar, e perdi o texto. Não vou escrever tudo outra vez. Apenas vos digo que fui ver o filme surpresa (é uma estreia nacional e só se conhece o título já dentro da sala) do Festival de Cinema de Cambridge, um dos mais prestigiados do Reino. É o pior filme que vi nos últimos tempos. Imaginai hora e meia a ver um casal de pessoas desinteressantes a copular, em diversas posições (só faltou sexo anal) e em diversos locais. As cenas são explícitas mas não é suposto tratar-se de um filme porno pelo que não há grande erotismo. O filme não excita nem inova na técnica sexual. É alegadamente um filme intelectual e em que se procura filmar uma relação pelo seu lado mais físico. Os diálogos são raríssimos e banais e só umas imagens do Ártico e as nove actuações ao vivo de boas bandas inglesas, que dão título ao filme, quebram a onda fodilhona e dão algum interesse a uma película que já tinha dado celeuma em Cannes e surpreendido a crítica. Enfim, não foi sequer chocante, foi aborrecido.
O que vale é que tenho visto outros filmes muito bons (de que vou pondo links neste blog, na coluna da direita).

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Como pôr 16 espanhóis a rir num jantar?
Esvaziar os pulmões de ar, enchê-los de hélio e falar normalmente...

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O visitante número 4000 passou por aqui às 12:23h de hoje. Ligou-se de Portugal, de um computador com extensão ip.pt (NovisNet?).
Se quiser figurar no Quadro de Honra, que se identifique...

A última semana foi muito cheia e agora estou com bastante sono mas voltarei à escrita nos próximos dias.
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A imagem é extraída da previsão CNN do tempo em Cambridge para esta semana. Palavras para quê? É o Verão de Inglaterra em todo o seu esplendor...
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Ainda assim, foi um Campeonato bonito e temos equipa para uns anos.
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Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.

Sophia
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Tanta agitação, tanta tinta... Deixem o Sampaio decidir que ele é a pessoa mais informada e qualificada para o fazer. Mas não queria estar na pele dele. Santana não, eleições não... Não haverá uma terceira alternativa melhor?
O ideal teria sido os Socialistas estarem em maioria no Parlamento Europeu (na prática não se distinguem assim tanto do PPE), o Vitorino ser Presidente da Comissão e o "cherne" ter ficado onde estava...
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Desculpem estar sempre a bater nos media ingleses e a falar de futebol mas o que acabo de ver na British Eurosport é incrível. Mostraram uma pequena reportagem sobre a nossa Selecção que incluia excertos de uma entrevista com o Scolari. A entrevista estava dobrada e não havia qualquer relação entre o que o Filipão dizia e o que o locutor ladrava como tradução. Assim, enquanto o Scolari falava do trabalho de recuperação da moral da equipa depois da derrota no amigável contra a Espanha, em voz "off" ouvia-se "Figo has always been an inspiration...".
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Que eu saiba, era suposto o Verão chegar com o último solstício. Mas este Reino é muito conservador e sempre o último a aderir às novas tendências.
Há uns minutos, olhava para a janela e via uma parede de água, ao som ribombante da trovoada. Olhava para o televisor e via o Sol a iluminar o Dragão e Gregos a cantar o hino em tronco nú. O bonequinho do tempo no blog "passou-se" e mostrava simultaneamente sol, chuva, trovoada, núvens negras e brancas... A máxima não chega aos 20 e a mínima é de 5.
O meu humor não é sensível ao tempo mas ainda assim começo a sentir-me um idiota por pensar que o solarengo Verão de 2003 era a regra em Cambridge...
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Como prometido:

Querido ouvinte, antes de me cilindrares com a tua chacota imagina-te a dar uma entrevista sobre futebol, às 8:50 da manhã, para uma rádio inglesa e pensa no que dirias...
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Sofremos sempre mais do que o necessário mas tem sido um percurso bonito. E este golo então...

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