domingo, fevereiro 27, 2005
Como os nossos amigos nos vêem...
sábado, fevereiro 26, 2005
Internacionalização
Discurso do Ministro Brasileiro de Educação nos EUA...
Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um Brasileiro dá um "baile" educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que Pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros). Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:
"De facto, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de Todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano.
Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em Comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo Menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os Arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!"
ESTE DISCURSO NÃO FOI PUBLICADO. AJUDE-NOS A DIVULGÁ-LO
Porque acho é muito importante...mais ainda, porque foi Censurado.
(Obrigado Daniela!)
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Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um Brasileiro dá um "baile" educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que Pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros). Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:
"De facto, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de Todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano.
Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em Comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo Menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os Arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!"
ESTE DISCURSO NÃO FOI PUBLICADO. AJUDE-NOS A DIVULGÁ-LO
Porque acho é muito importante...mais ainda, porque foi Censurado.
(Obrigado Daniela!)
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quinta-feira, fevereiro 24, 2005
Profecia
Cheguei a Portugal na Sexta e fiz a seguinte previsão: terei direito a 4 dias de Sol e começará a chover quando partir (Terça de manhã); na chegada a Cambridge encontrarei neve. Tal e qual!
(os primeiros flocos vistos da minha janela)
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(os primeiros flocos vistos da minha janela)
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Um novo homem
Já tinha cozinhado (poucas vezes) para outros mas a semana passada foi a primeira em que cozinhei entrada, prato principal e sobremesa a partir de um livro de receitas recente e oportunamente oferecido por uma amiga. Nem tudo ficou perfeito mas o balanço é francamente positivo. Para continuar...
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quarta-feira, fevereiro 23, 2005
Graduate Hall
Estreei-me hoje nos jantares formais de colégios. Na verdade este, no Jesus, era semi-formal (fui dispensado de levar gravata). Para a posteridade fica a lembrança de um serão muito bem passado e o nome da entrada: "Curried Sweet Potato Soup". Só os Ingleses para inventarem uma coisa destas...
Como curiosidade, o Colégio foi construido nas fundações de um antigo convento de freiras que deixou de o ser porque umas quantas engravidaram e o Espírito Santo não estava envolvido.
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Como curiosidade, o Colégio foi construido nas fundações de um antigo convento de freiras que deixou de o ser porque umas quantas engravidaram e o Espírito Santo não estava envolvido.
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Ténis ao mais alto nível
terça-feira, fevereiro 22, 2005
Maná Socrático
domingo, fevereiro 20, 2005
Medina
Agradeço ao Rui o link para este fantástico artigo de Medina Carreira, que eu já procurava há uns dias. Aproveitem também para ler a posição do próprio Rui.
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Soares já não é fixe
Que o homem está senil é cada vez mais evidente. O que se passou hoje só o envergonha e mostra que já se devia ter retirado da vida pública há algum tempo. Espero que o Ministério Público não perdoe...
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Pseudo-sondagem
A sondagem que tive aqui durante o período de Campanha Eleitoral não foi muito participada. Mesmo assim, aqui ficam os resultados.
16,67% dos participantes são abstencionistas (número baixo quando comparado com o real) e 12,50% estavam indecisos (número próximo dos das sondagens a sério). 23,52% dos decididos votam em branco (quem me dera!). Se os resultados da minha sondagem se verificassem nas Eleições, o PS teria deputados correspondentes a 69,2% dos votos (maioria absoluta e qualificada), o Bloco 23,1% (quem lhes dera!) e o PP 7,7% (não deve andar muito longe da verdade). Isto indica que o meu círculo de conhecimentos puxa claramente à esquerda e que os meus amigos comunistas e sociais-democratas tiveram vergonha de participar na sondagem (por que será?).
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16,67% dos participantes são abstencionistas (número baixo quando comparado com o real) e 12,50% estavam indecisos (número próximo dos das sondagens a sério). 23,52% dos decididos votam em branco (quem me dera!). Se os resultados da minha sondagem se verificassem nas Eleições, o PS teria deputados correspondentes a 69,2% dos votos (maioria absoluta e qualificada), o Bloco 23,1% (quem lhes dera!) e o PP 7,7% (não deve andar muito longe da verdade). Isto indica que o meu círculo de conhecimentos puxa claramente à esquerda e que os meus amigos comunistas e sociais-democratas tiveram vergonha de participar na sondagem (por que será?).
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Branco
Nestas Eleições o meu voto é em branco (afinal a Teresa até adivinhou).
Nos últimos dias partilhei a minha intenção com algumas pessoas e fui geralmente criticado. Mostrei-me disposto a alterar o meu sentido de voto caso alguém me desse um bom motivo para votar num partido. Todas as razões que recebi foram pela negativa. A incompetência do actual Governo (e em particular de Santana Lopes) foi o argumento mais premente para que eu votasse no PS ou, pelo menos, à Esquerda. "O voto em branco é um voto no Sócrates" (assumindo que assim se perde um voto à Direita, o que não é de todo verdade), a necessidade de evitar a maioria absoluta do PS e a persistência da "tralha guterrista" foram os argumentos esgrimidos pela ala Direita do meu círculo de conhecimentos. É interessante que a maioria dos argumentos são válidos mas são argumentos para "não votar", o que só reforça a minha posição. O significado do voto é, para mim, demasiado sagrado para votar pela negativa. Se estou descontente, manifesto-o também no voto (ao contrário dos abstencionistas, que prescindem desse direito). Se na Segunda se contabilizasse uma maioria de votos brancos, a mensagem de descontentamento seria clara.
De facto, nesta Campanha de uma mediocridade sem precedentes, nenhum partido fez por merecer o meu voto. Senão vejamos:
PSD - É impressionante que um Partido com bons quadros e um passado que sugere preparação para governar esteja agora liderado por alguém que nunca leva nada até ao fim, nunca deu mostras de competência, é quase todos os dias notícia pelos motivos errados e se preocupa mais com a sua imagem do que com qualquer outra coisa. É aterrador que um Partido com a tradição e a cultura democráticas do PSD tenha fomentado uma campanha de boatos, insinuações e orientada no sentido de denegrir o principal adversário. É incrível que o partido que, na minha opinião, está mais vocacionado para governar tenha, em quatro meses, feito trapalhadas suficientes para justificar a dissolução da Assembleia, onde havia uma maioria parlamentar de apoio ao Governo que liderava.
PS - Vi um líder sem ideias ou entusiasmo. Baseou todo o discurso nos defeitos dos seus adversários directos e pouco ficamos a saber sobre as suas próprias qualidades. Fez promessas que afinal eram apenas objectivos e para cujo cumprimento não explicou de onde viria o dinheiro. Vi também a dita "tralha guterrista" nas listas, a tal que já passou pelo Governo, não deixou saudades nem foi capaz de cumprir o mandato. O PS foi para estas eleições com a "cassete" pronta para evitar riscos, uma vez que os "tiros no pé" do Santana Lopes (com muito mais a perder) lhe garantem a vitória. Se já é preciso ter lata para pedir Maioria Absoluta, não lutar por ela é um insulto aos Portugueses.
PP - O líder até é esperto e não foi muito mau Ministro (embora, como diz o Bruno, tenha dado cabo da pérola que eram as OGMA). Mas não deixa de ter feito parte do actual o Governo. E se é verdade que nos últimos 7 meses o elo mais fraco da Coligação foi o PSD, nos tempos de Durão Barroso foi o "cherne" quem os safou. Por isso esta descolagem do PSD é oportunista e algo desleal. É também preocupante que o Partido esteja tão centrado num só indivíduo.
CDU - Foi das poucas forças políticas que escapou à mediocridade. Fez uma campanha coerente e o novo líder trouxe melhorias ao PCP. O discurso é, no entanto, de "cartilha", está ultrapassado e eu nunca votaria num Partido que não tem Democracia interna.
BE - Enquanto foram pequenos tinham piada, eram irreverentes. Agora que começam a ser grandes, são irresponsáveis e já começaram a ceder às tentações eleitoralistas e aos jogos de poder. Mais, a leviandade hippie com que determinadas questões são abordadas assusta. E a pretensa superioridade moral e intelectual que se arrogam é a sua grande fraqueza. A tirada infeliz do Louçã no debate contra o Portas não foi um mero acidente.
PCTP/MRPP - Se votasse em Lisboa, talvez colocasse aqui a cruz para ajudar a eleger o Garcia Pereira (com quem simpatizo) e assim dar força a uma voz de protesto. Nesse caso, estaria a ser mais fiel ao verdadeiro princípio destas eleições que é a eleição de deputados para a Assembleia. Em todo o caso, não me identifico com a base ideológica comunista do Partido.
PND - Partido centrado num frustrado oportunista (Manuel Monteiro) que, quando liderou uma força maior, não acrescentou nada...
PNR - São essencialmente neo-fascistas que querem correr com os pretos...
PH - Os Direitos Humanos são muito importantes mas é preciso uma visão mais global para o País. Ninguém sabe muito bem o que pensam sobre questões mais práticas, como as Finanças...
PDA - Não concorre por Viana e parece estar mais preocupado com os Açores do que com o resto do País. A ideia de um Estado sem IRS e sustentado pelo IVA até é engraçada mas completamente impraticável.
POUS - Este Partido Operário de Unidade Sindical tem uma líder (Carmelinda Pereira) que, quando lhe perguntaram "A senhora vive pior?", respondeu: "Eu não. Estou no topo da carreira e o meu marido é professor universitário. Mas os outros? A pessoa que trabalha na minha casa, a quem pago o salário mínimo... Ela ainda tem de trabalhar noutra casa, para criar o filho e a bebé." Está tudo dito...
PPM - A Monarquia não é democrática.
Deixo-vos com dois artigos, um do Miguel Sousa Tavares (que, quando não fala de futebol, é um tipo lúcido) e outro sobre as Eleições vistas de fora (o parágrafo dos partidos extremistas é um disparate, o resto é interessante).
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Nos últimos dias partilhei a minha intenção com algumas pessoas e fui geralmente criticado. Mostrei-me disposto a alterar o meu sentido de voto caso alguém me desse um bom motivo para votar num partido. Todas as razões que recebi foram pela negativa. A incompetência do actual Governo (e em particular de Santana Lopes) foi o argumento mais premente para que eu votasse no PS ou, pelo menos, à Esquerda. "O voto em branco é um voto no Sócrates" (assumindo que assim se perde um voto à Direita, o que não é de todo verdade), a necessidade de evitar a maioria absoluta do PS e a persistência da "tralha guterrista" foram os argumentos esgrimidos pela ala Direita do meu círculo de conhecimentos. É interessante que a maioria dos argumentos são válidos mas são argumentos para "não votar", o que só reforça a minha posição. O significado do voto é, para mim, demasiado sagrado para votar pela negativa. Se estou descontente, manifesto-o também no voto (ao contrário dos abstencionistas, que prescindem desse direito). Se na Segunda se contabilizasse uma maioria de votos brancos, a mensagem de descontentamento seria clara.
De facto, nesta Campanha de uma mediocridade sem precedentes, nenhum partido fez por merecer o meu voto. Senão vejamos:
PSD - É impressionante que um Partido com bons quadros e um passado que sugere preparação para governar esteja agora liderado por alguém que nunca leva nada até ao fim, nunca deu mostras de competência, é quase todos os dias notícia pelos motivos errados e se preocupa mais com a sua imagem do que com qualquer outra coisa. É aterrador que um Partido com a tradição e a cultura democráticas do PSD tenha fomentado uma campanha de boatos, insinuações e orientada no sentido de denegrir o principal adversário. É incrível que o partido que, na minha opinião, está mais vocacionado para governar tenha, em quatro meses, feito trapalhadas suficientes para justificar a dissolução da Assembleia, onde havia uma maioria parlamentar de apoio ao Governo que liderava.
PS - Vi um líder sem ideias ou entusiasmo. Baseou todo o discurso nos defeitos dos seus adversários directos e pouco ficamos a saber sobre as suas próprias qualidades. Fez promessas que afinal eram apenas objectivos e para cujo cumprimento não explicou de onde viria o dinheiro. Vi também a dita "tralha guterrista" nas listas, a tal que já passou pelo Governo, não deixou saudades nem foi capaz de cumprir o mandato. O PS foi para estas eleições com a "cassete" pronta para evitar riscos, uma vez que os "tiros no pé" do Santana Lopes (com muito mais a perder) lhe garantem a vitória. Se já é preciso ter lata para pedir Maioria Absoluta, não lutar por ela é um insulto aos Portugueses.
PP - O líder até é esperto e não foi muito mau Ministro (embora, como diz o Bruno, tenha dado cabo da pérola que eram as OGMA). Mas não deixa de ter feito parte do actual o Governo. E se é verdade que nos últimos 7 meses o elo mais fraco da Coligação foi o PSD, nos tempos de Durão Barroso foi o "cherne" quem os safou. Por isso esta descolagem do PSD é oportunista e algo desleal. É também preocupante que o Partido esteja tão centrado num só indivíduo.
CDU - Foi das poucas forças políticas que escapou à mediocridade. Fez uma campanha coerente e o novo líder trouxe melhorias ao PCP. O discurso é, no entanto, de "cartilha", está ultrapassado e eu nunca votaria num Partido que não tem Democracia interna.
BE - Enquanto foram pequenos tinham piada, eram irreverentes. Agora que começam a ser grandes, são irresponsáveis e já começaram a ceder às tentações eleitoralistas e aos jogos de poder. Mais, a leviandade hippie com que determinadas questões são abordadas assusta. E a pretensa superioridade moral e intelectual que se arrogam é a sua grande fraqueza. A tirada infeliz do Louçã no debate contra o Portas não foi um mero acidente.
PCTP/MRPP - Se votasse em Lisboa, talvez colocasse aqui a cruz para ajudar a eleger o Garcia Pereira (com quem simpatizo) e assim dar força a uma voz de protesto. Nesse caso, estaria a ser mais fiel ao verdadeiro princípio destas eleições que é a eleição de deputados para a Assembleia. Em todo o caso, não me identifico com a base ideológica comunista do Partido.
PND - Partido centrado num frustrado oportunista (Manuel Monteiro) que, quando liderou uma força maior, não acrescentou nada...
PNR - São essencialmente neo-fascistas que querem correr com os pretos...
PH - Os Direitos Humanos são muito importantes mas é preciso uma visão mais global para o País. Ninguém sabe muito bem o que pensam sobre questões mais práticas, como as Finanças...
PDA - Não concorre por Viana e parece estar mais preocupado com os Açores do que com o resto do País. A ideia de um Estado sem IRS e sustentado pelo IVA até é engraçada mas completamente impraticável.
POUS - Este Partido Operário de Unidade Sindical tem uma líder (Carmelinda Pereira) que, quando lhe perguntaram "A senhora vive pior?", respondeu: "Eu não. Estou no topo da carreira e o meu marido é professor universitário. Mas os outros? A pessoa que trabalha na minha casa, a quem pago o salário mínimo... Ela ainda tem de trabalhar noutra casa, para criar o filho e a bebé." Está tudo dito...
PPM - A Monarquia não é democrática.
Deixo-vos com dois artigos, um do Miguel Sousa Tavares (que, quando não fala de futebol, é um tipo lúcido) e outro sobre as Eleições vistas de fora (o parágrafo dos partidos extremistas é um disparate, o resto é interessante).
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quarta-feira, fevereiro 16, 2005
Quioto
Lembro aqui que hoje entra em vigor o Protocolo de Quioto (obrigado João Paulo pela insistência e pelo link). Para variar, os Estados Unidos primam pela sua ausência...
Deixo-vos também com uma mensagem que foi hoje enviada a todo o laboratório:
Dear all,
Please excuse this off-topic mailing, but it does have importance in the way we work, and to our future.
Today is the first day of implementation of the Kyoto Protocol to cut carbon emissions worldwide. Like many of you, I am very conscious of reducing carbon emissions at home. I use low energy light bulbs, switch off the tv (not just to stand-by), walk and cycle to shops and work, recycle paper, glass, plastics etc etc. However when I arrive here I see an enormous number of electrical appliances left on. Tissue culture cabinets are left running overnight, they consume a huge amount of electricity. There are also empty waterbaths, rocking platforms, cooled centrifuges etc etc all left running unnecessarily.
Let's do our bit in the workplace as well as at home.
Don't switch off to the problem, SWITCH OFF THE PROBLEM.
Thanks
Tony Mills
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Deixo-vos também com uma mensagem que foi hoje enviada a todo o laboratório:
Dear all,
Please excuse this off-topic mailing, but it does have importance in the way we work, and to our future.
Today is the first day of implementation of the Kyoto Protocol to cut carbon emissions worldwide. Like many of you, I am very conscious of reducing carbon emissions at home. I use low energy light bulbs, switch off the tv (not just to stand-by), walk and cycle to shops and work, recycle paper, glass, plastics etc etc. However when I arrive here I see an enormous number of electrical appliances left on. Tissue culture cabinets are left running overnight, they consume a huge amount of electricity. There are also empty waterbaths, rocking platforms, cooled centrifuges etc etc all left running unnecessarily.
Let's do our bit in the workplace as well as at home.
Don't switch off to the problem, SWITCH OFF THE PROBLEM.
Thanks
Tony Mills
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segunda-feira, fevereiro 14, 2005
Fraquinho, fraquinho...
A Super(?)-Liga de Futebol está tão competitiva este ano, que o pessoal até já goza, como se pode perceber pela sondagem d'A Bola:
(imaginei logo um Madeirense a passar o dia a votar...)
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(imaginei logo um Madeirense a passar o dia a votar...)
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domingo, fevereiro 13, 2005
Sempre em festa(s)...
sábado, fevereiro 12, 2005
Fuga
Por falar em Espanha, o drama de alguns meus amigos "nuestros hermanos" já me tinha feito perceber que este problema (aqui e aqui) não é exclusivo de Portugal...
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sexta-feira, fevereiro 11, 2005
Mar Adentro
Desde que comecei a disponibilizar os links culturais na sidebar que não recomendo um filme. Abro aqui uma excepção para o Mar Adentro. Já há muito tempo que não tinha emoções tão fortes nem a sensação que um filme roçava a perfeição (quem conhecer um pouco da Galiza percebe melhor esta minha percepção). Gosto cada vez mais de cinema espanhol. Fixai os nomes destes dois homens jovens e talentosos: Amenábar e Bardem. Ouvireis falar neles...
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quinta-feira, fevereiro 10, 2005
Temas de Campanha
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
Guerreiro menino...
Prometi a mim mesmo que não gozaria aqui com nenhum dos candidatos a PM. Resistirei pois a fazer qualquer comentário jocoso sobre isto:
(trata-se de um vídeo oficial de campanha)
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(trata-se de um vídeo oficial de campanha)
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terça-feira, fevereiro 08, 2005
Carnaval?
domingo, fevereiro 06, 2005
Há Domingos assim...
sábado, fevereiro 05, 2005
Europa vs. América
Garanto-vos que vale bem a pena dispensardes 10 minutos para ler este lucido artigo (obrigado Salomé).
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quinta-feira, fevereiro 03, 2005
I&D pelo Domingos
Sempre que vou ao IMM, há alguém que invariavelmente me saúda: "Estás bom, Morcão?".
O Morcão não se ofende com a saudação (que é amistosa) e divulga aqui este engraçado artigo (obrigado Maria!).
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O Morcão não se ofende com a saudação (que é amistosa) e divulga aqui este engraçado artigo (obrigado Maria!).
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Bush Apresenta Custos da Sua Política para Pedir Sacrifícios Aos Americanos
Começar um novo dia lendo uma notícia destas só me dá vontade de chorar.
O descaramento de um indivíduo e a ignorância de um povo que se diz avançado são patéticos.
Eu até achava que, na política, cada um tem aquilo que merece. No caso dos Estados Unidos não é bem assim, o resto do Mundo também paga...
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O descaramento de um indivíduo e a ignorância de um povo que se diz avançado são patéticos.
Eu até achava que, na política, cada um tem aquilo que merece. No caso dos Estados Unidos não é bem assim, o resto do Mundo também paga...
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quarta-feira, fevereiro 02, 2005
Ar Condicionado e o Misantropo
As duas últimas semanas de trabalho foram passadas num gabinete emprestado. Aquele em que normalmente trabalho sofreu obras inseridas no plano de reinstalação do ar condicionado de todo o edifício. Os defeitos de concepção de infraestruturas não acontecem só em Portugal. O Instituto tem menos de 4 anos e as condições de trabalho são, em geral, excelentes mas a climatização é um tanto bizarra e conclui-se necessitar de urgente remodelação. O meu gabinete é um "forno" tal que já fui visto a trabalhar de T-shirt em Janeiro. Pior do que o suor é a sonolência. Uma dezena de computadores ajudam a aquecer mas era de esperar que houvesse eficiente circulação de ar. A minha workstation está sempre a crashar devido a sobreaquecimento dos processadores. Através de uma janela de segurança vejo um laboratório em que todos sofrem com o frio e visitam com frequência o WC, devido à consequente contracção da bexiga. Cheguei a pensar em abrir um orifício na janela mas penso que a ventania gerada ia denunciar-me. Aliás, vento nas escadas é também frequente. Note-se que estas não têm qualquer ligação ao exterior, estou a falar de diferenças de pressão internas. A minha querida colega Maria tem um casaco de malha que normalmente permanece no laboratório e que também usa para ir à cafetaria cuja temperatura, no Inverno, é semelhante à do exterior.
Voltando ao gabinete emprestado, quando levei o meu material de trabalho para a secretária provisória, deparei-me com uma chaleira eléctrica. Estamos a autorizados a comer e beber nos gabinetes (nos laboratórios é, por razões óbvias, proibido) mas esse é um privilégio de que raramente usufruo. As refeições são um bom pretexto para fazer uma pausa e socializar. Por isso e pelo facto de haver máquinas de fornecimento gratuito de água quente para chá na cafetaria, estranhei a presença daquele aparelho e coloquei-o na mesa ao lado, também vaga. Todos os dias, ao início da tarde, um "cromo" vindo do laboratório entrava no gabinete e aquecia água. Quando começava a ferver, deitava-a num bule de loiça já com a saqueta de chá pronta para a infusão. Depois, sentava-se ao meu lado a tomar tranquilamente o seu chazinho e a comer uma sandes ou um bolo, enquanto lia um artigo... Na mesma sala, seis outras pessoas trabalhavam, agarradas aos seus computadores. No fim da refeição, arrumava tudo (deixando apenas a chaleira) e desaparecia sem ai nem ui.
Como nota final, no gabinete emprestado a workstation nunca crashou. O espaço também era muito quente (passavam tubos de água quente na parede junto à minha secretária, numa zona que já foi apenas sala de cacifos e cabides). No entanto, havia uma potente ventoinha disponível que, depois de um pouco de engenharia (que incluiu expôr as entranhas da máquina), garantiu que os processadores ficavam num túnel de vento e eu era refrescado por uma brisa vinda de debaixo da mesa (não sendo assim obrigado a despir-me para trabalhar).
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Voltando ao gabinete emprestado, quando levei o meu material de trabalho para a secretária provisória, deparei-me com uma chaleira eléctrica. Estamos a autorizados a comer e beber nos gabinetes (nos laboratórios é, por razões óbvias, proibido) mas esse é um privilégio de que raramente usufruo. As refeições são um bom pretexto para fazer uma pausa e socializar. Por isso e pelo facto de haver máquinas de fornecimento gratuito de água quente para chá na cafetaria, estranhei a presença daquele aparelho e coloquei-o na mesa ao lado, também vaga. Todos os dias, ao início da tarde, um "cromo" vindo do laboratório entrava no gabinete e aquecia água. Quando começava a ferver, deitava-a num bule de loiça já com a saqueta de chá pronta para a infusão. Depois, sentava-se ao meu lado a tomar tranquilamente o seu chazinho e a comer uma sandes ou um bolo, enquanto lia um artigo... Na mesma sala, seis outras pessoas trabalhavam, agarradas aos seus computadores. No fim da refeição, arrumava tudo (deixando apenas a chaleira) e desaparecia sem ai nem ui.
Como nota final, no gabinete emprestado a workstation nunca crashou. O espaço também era muito quente (passavam tubos de água quente na parede junto à minha secretária, numa zona que já foi apenas sala de cacifos e cabides). No entanto, havia uma potente ventoinha disponível que, depois de um pouco de engenharia (que incluiu expôr as entranhas da máquina), garantiu que os processadores ficavam num túnel de vento e eu era refrescado por uma brisa vinda de debaixo da mesa (não sendo assim obrigado a despir-me para trabalhar).
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terça-feira, fevereiro 01, 2005
Sensibilidades
Apostei com um colega uma cerveja que o Marat Safin ganhava o Open da Austrália. A aposta era apenas um pretexto para um dia destes se juntar um grupo de amantes do ténis e fazer-se uma tertúlia sobre a modalidade num Pub. Hoje de manhã, ao chegar, dou com uma lata de Kronembourg em cima da secretária...
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