segunda-feira, maio 31, 2004
A caminho...
Daqui a 50 minutos saio de casa a caminho de Portugal...
Espero ver-vos a todos nos próximos 17 dias.
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Espero ver-vos a todos nos próximos 17 dias.
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Rooker
Em Newmarket, perto de Cambridge, há um Centro Comercial de nome Rooker. Segundo o dicionário, o verbo to rook significa "to defraud by cheating or swindling"...
Já agora, Cambridge tem um restaurante de nome Chato...
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Já agora, Cambridge tem um restaurante de nome Chato...
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sábado, maio 29, 2004
Elas
Uma teve medo e bebeu para que nada acontecesse. Outra, para que algo acontecesse, bebeu e perdeu o medo. Lindas, ébrias e reveladas... Nada aconteceu.
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Cerveja
Não sendo um amante do malte fermentado, a minha estadia em Cambridge não seria completa se não passasse, pelo menos uma vez, pelo Festival da Cerveja. Realiza-se ao ar livre, num dos imensos parques verdes que esta cidade possui (e que eu adoro), e é um agradável espaço de convívio, não obstante o cheirinho a "erva" (já que a cerveja não tem cheiro). Bebedor muito moderado, como sempre, comecei com meia pint de Wensleydale Forester (leve e muito malty) e fiz prevalecer o meu patriotismo na escolha da segunda e última meia pint, uma novidade em ante-estreia: PortuGOAL (frutada). Trouxe o copo de pint oficial, como recordação.
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sexta-feira, maio 28, 2004
Desenrascanço
Não resisti a colocar este link que me foi enviado pelo meu amigo Pedro Bordalo (obrigado!). É hilariante!
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quarta-feira, maio 26, 2004
Como diria o Rui Veloso: "Carago, é muita emoção!"
Não tendo arranjado bilhetes para Gelsenkirchen, contentei-me em ver o jogo no Pub, em ecrã gigante e rodeado de amigos (e de bastantes franceses com bom perder). Estranhamente, consegui ter um dia calmo e concentrar-me no trabalho até à hora do jogo. Depois a angústia... Nos golos, berrei que nem um desalmado! Depois voltei a serenar, como se a vitória, afinal, até fosse natural. Foi sobretudo merecida porque a sorte (e houve alguma) também se merece. Faltou cá o buzinão e confesso que invejei a minha Mana, em São João antecipado nos Aliados... Acho que só amanhã tomarei consciência do alcance do feito, quando os colegas de multiplas nacionalidades, raças e credos me vierem felicitar. E reviverei as emoções fortes desta noite, de uma outra há um ano noutro Pub de Cambridge e ainda de uma terceira, há dezassete, em que um Nuno de 9 anos pulava e gritava estridentemente diante das imagens de um certo calcanhar mágico...
Hei-de convidar o Mourinho para uma cerveja, agora que ele vem para Londres.
Apercebo-me agora que desde o apito inicial que não tiro o cachecol. Dormirei com ele... Mas antes, um cálice de Vinho do Porto.
Acho igualmente que vai haver um resultado curto. Não digo que não tenha golos mas considero que muito dificilmente o FC Porto vencerá por 3-0...
José Mourinho, ontem
Agora não pensem que vão ganhar a Liga dos Campeões porque não vão...
Carlos Caldas, colega, logo após a eliminação do Manchester United
Os sons da grande vitória:
As imagens: 1 2 3
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Não tendo arranjado bilhetes para Gelsenkirchen, contentei-me em ver o jogo no Pub, em ecrã gigante e rodeado de amigos (e de bastantes franceses com bom perder). Estranhamente, consegui ter um dia calmo e concentrar-me no trabalho até à hora do jogo. Depois a angústia... Nos golos, berrei que nem um desalmado! Depois voltei a serenar, como se a vitória, afinal, até fosse natural. Foi sobretudo merecida porque a sorte (e houve alguma) também se merece. Faltou cá o buzinão e confesso que invejei a minha Mana, em São João antecipado nos Aliados... Acho que só amanhã tomarei consciência do alcance do feito, quando os colegas de multiplas nacionalidades, raças e credos me vierem felicitar. E reviverei as emoções fortes desta noite, de uma outra há um ano noutro Pub de Cambridge e ainda de uma terceira, há dezassete, em que um Nuno de 9 anos pulava e gritava estridentemente diante das imagens de um certo calcanhar mágico...
Hei-de convidar o Mourinho para uma cerveja, agora que ele vem para Londres.
Apercebo-me agora que desde o apito inicial que não tiro o cachecol. Dormirei com ele... Mas antes, um cálice de Vinho do Porto.
Acho igualmente que vai haver um resultado curto. Não digo que não tenha golos mas considero que muito dificilmente o FC Porto vencerá por 3-0...
José Mourinho, ontem
Agora não pensem que vão ganhar a Liga dos Campeões porque não vão...
Carlos Caldas, colega, logo após a eliminação do Manchester United
Os sons da grande vitória:
As imagens: 1 2 3
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terça-feira, maio 25, 2004
Chuva boa
As chuteiras desta vez não carregam lama. Amiga, a chuva esperou pelo final do jogo. Veio mostrar-me quão efémeros são os dias de Primavera neste Reino. Fez-me sentir que um serão no laboratório afinal não é assim tão deprimente. E abençoadas as primeiras gotas que me trouxeram um dos meus cheiros de eleição: o da terra molhada.
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segunda-feira, maio 24, 2004
Entrevista
sábado, maio 22, 2004
Jorge Nuno
Algum dos meus conterrâneos quer comentar este artigo daquele rapaz vianense da minha idade que se tornou o mais jovem Deputado da Nação e o Presidente da Juventude associada ao Partido mais representado?
Eu acho que ele tem toda a razão para bater no Pacheco Pereira. Mas, para quem conhece o seu percurso, a primeira parte do texto não pode deixar de despertar um certo sorriso de ironia... Ainda me lembro dos tempos em que ele era Presidente da Concelhia da JSD de Viana. Nas campanhas eleitorais, os JSD eram bestiais na propaganda e o Jorge Nuno tinha perfil de líder. Mas devia ser o único a conhecer as causas por que actuava. Alguns dos meus colegas que andavam na campanha laranja não sabiam nada de política, gaguejavam quando lhes perguntava pela linha ideológica ou por medidas propostas, não liam jornais, iam para a campanha pelo passeio, pelo social... Pelo que sei, o convívio até era muito salutar. Mas formação política, nenhum desses meus colegas recebeu...
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Eu acho que ele tem toda a razão para bater no Pacheco Pereira. Mas, para quem conhece o seu percurso, a primeira parte do texto não pode deixar de despertar um certo sorriso de ironia... Ainda me lembro dos tempos em que ele era Presidente da Concelhia da JSD de Viana. Nas campanhas eleitorais, os JSD eram bestiais na propaganda e o Jorge Nuno tinha perfil de líder. Mas devia ser o único a conhecer as causas por que actuava. Alguns dos meus colegas que andavam na campanha laranja não sabiam nada de política, gaguejavam quando lhes perguntava pela linha ideológica ou por medidas propostas, não liam jornais, iam para a campanha pelo passeio, pelo social... Pelo que sei, o convívio até era muito salutar. Mas formação política, nenhum desses meus colegas recebeu...
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Fahrenheit 9/11
Ora aqui está uma bela notícia. Só espero que chegue a quem mais dela precisa: os Americanos.
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sexta-feira, maio 21, 2004
O Mamilo da Discórdia
Ao ler a notícia, não sabia se havia de rir pelo ridículo da situação ou chorar pelo atraso em que alguns povos vivem e pela facilidade com que gente de muita responsabilidade faz tempestades em copos de água... O pecado sempre andou à solta. E, que eu saiba, as crianças sempre olharam para o peito feminino da mesma forma que um adulto. O instinto é o mesmo, a inocência é que não.
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Portugal Positivo?
Há gajos que só mesmo à chapada... Estaria sóbrio? Há quem faça tudo por um pouco de protagonismo. Quem terá tido a infeliz ideia de o convidar?
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quinta-feira, maio 20, 2004
Calor?
Lembrei-me hoje do recente post do Pi...
Estava numa loja quando uma rádio inglesa chamou a atenção para o facto de ontem a Inglaterra ter sido mais quente que o Brasil. Acrescente-se que a máxima cá foi de 22 graus. Deviam estar a comparar com o Rio ou São Paulo. A menina da loja vira-se para mim: "Can you believe it?". Lá lhe expliquei que a comparação não era muito justa uma vez que aqui se caminha para o Verão (neste preciso momento começou a chover) e a maior parte do Brasil está quase no Inverno. "Really?"
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Estava numa loja quando uma rádio inglesa chamou a atenção para o facto de ontem a Inglaterra ter sido mais quente que o Brasil. Acrescente-se que a máxima cá foi de 22 graus. Deviam estar a comparar com o Rio ou São Paulo. A menina da loja vira-se para mim: "Can you believe it?". Lá lhe expliquei que a comparação não era muito justa uma vez que aqui se caminha para o Verão (neste preciso momento começou a chover) e a maior parte do Brasil está quase no Inverno. "Really?"
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Portugal Positivo
A Ciência anda mais mediática...
Mais uma vez pela Madrinha (obrigado!) tomei conhecimento desta notícia. E concordo com ela quando questiona se é criando estabelecimentos de ensino superior que se desenvolve as regiões. Para se ter uma Universidade de qualidade vai ser necessário atrair bons alunos e bons docentes. Por outro lado, sabendo que quantidade não é qualidade, parece-me perigoso que todas as capitais de distrito comecem a ansiar por uma Universidade, até porque podem "matar" os Politécnicos, cuja importância é já, a meu ver, bastante subestimada. Leiria já se fez ouvir...
Em qualquer caso, parabéns Viseu!
Pelo Avô Morais (obrigado!) tomei conhecimento desta. Parece-me ser um passo em frente na dignificação do estatuto de Bolseiro mas, como a própria Ministra assume, mais importante ainda é criar emprego científico.
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Em qualquer caso, parabéns Viseu!
Pelo Avô Morais (obrigado!) tomei conhecimento desta. Parece-me ser um passo em frente na dignificação do estatuto de Bolseiro mas, como a própria Ministra assume, mais importante ainda é criar emprego científico.
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La Mala Educación
Muito bom, para quem gosta de Almodóvar.
A história é, na minha opinião, um pouco mais forte (no que diz respeito aos valores morais em jogo) e sofisticada do que o habitual. O humor é o de sempre. O elenco é de luxo.
Mas o meu favorito continua a ser o Hable Con Ella.
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A história é, na minha opinião, um pouco mais forte (no que diz respeito aos valores morais em jogo) e sofisticada do que o habitual. O humor é o de sempre. O elenco é de luxo.
Mas o meu favorito continua a ser o Hable Con Ella.
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terça-feira, maio 18, 2004
Para entreter...
Enquanto não descrevo as ocorrências da minha estadia na Toscana, deixo-vos com algumas imagens e links dos sítios por onde andei, correctamente ordenados cronologicamente (ver dias 12-17 de Maio abaixo).
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De regresso
Acabo de chegar a Cambridge, vindo de Pisa. Foram 6 dias fabulosos. Mas as crónicas desta e das outras viagens vão ainda esperar que eu tenha tempo para organizar fotografias e notas. Talvez lá para meados de Junho, quando estiver em Viana... Agora vou dormir, estou stancato.
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segunda-feira, maio 17, 2004
Pisa
domingo, maio 16, 2004
Casório
sábado, maio 15, 2004
+Firenze
sexta-feira, maio 14, 2004
Firenze
quinta-feira, maio 13, 2004
Chianti
Siena
Monteriggioni
quarta-feira, maio 12, 2004
San Gimignano
Colle di Val d'Elsa
Volterra
terça-feira, maio 11, 2004
Pausa
É pouco provável que haja novos posts até Segunda à noite. Parto esta madrugada para a Toscana. Um casamento serve-me novamente de pretexto para passear uns dias. Espero, no regresso, ter tempo para blogar as impressões dessa e de outras viagens recentes (Barcelona, Luxemburgo-Alemanha-Holanda). Até lá, podeis sempre ir deixando uns comentários...
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Um pouco de céu...
Não, não me refiro à canção da Mafalda Veiga. Refiro-me a dois raros e interessantes eventos de índole astronómica a não perder nos próximos tempos.
O primeiro é a passagem do cometa NEAT, que pode ser visto a olho nu (obrigado Carlos). Virai-vos para Oeste (como mostra a figura) e dai meia horita para adaptardes os vossos olhos ao céu noturno... Notai que embora vá subindo no céu de dia para dia, o cometa também vai perdendo intensidade pelo que daqui a uma semana já deve ser difícil avistá-lo. Notai também que a posição dos planetas que a figura apresenta é para o dia 8 e muda ligeiramente de dia para dia.
O segundo é a passagem de Vénus em frente ao Sol.
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O primeiro é a passagem do cometa NEAT, que pode ser visto a olho nu (obrigado Carlos). Virai-vos para Oeste (como mostra a figura) e dai meia horita para adaptardes os vossos olhos ao céu noturno... Notai que embora vá subindo no céu de dia para dia, o cometa também vai perdendo intensidade pelo que daqui a uma semana já deve ser difícil avistá-lo. Notai também que a posição dos planetas que a figura apresenta é para o dia 8 e muda ligeiramente de dia para dia.
O segundo é a passagem de Vénus em frente ao Sol.
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segunda-feira, maio 10, 2004
A primeira pessoa...
Normalmente interesso-me bastante pelas pessoas com quem lido e por isso tenho tendência a provocar as mais tímidas e reservadas. E se, por um lado, aprecio gente discreta, por outro, desagrada-me a atitude de quem nunca se expõe para não se comprometer ou de quem adopta uma postura ambígua e secretista para criar uma falsa aura de mistério. Gente assim sói ser desinteressante.
Porém, confesso que sou ainda mais irritável por pessoas que aproveitem todo e qualquer assunto para falar de si. São as que entram em todas as conversas, falam alto, começam todas as frases por "eu" e direccionam sempre as intervenções no sentido de impressionar o interlocutor com as suas incomparáveis qualidades, o seu gosto selecto, a sua completíssima experiência de vida... São as que nunca perguntam aos outros como estão ou o que fazem, a não ser que isso lhes permita compararem-se favoravelmente ou uma deixa para mais uma verborreia egocênctrica. São as que fazem não aquilo que querem fazer mas sim aquilo que querem que os outros as vejam fazer. Toda esta postura é obviamente reveladora de grande insegurança, falta de auto-estima e de carência ao nível dos afectos. Todas as limitações e vulnerabilidades desta gente estão expostas, não precisam de ser descobertas.
E, por este motivo, cada vez me irrito menos e reconheço que há uma grande vantagem em conhecer e lidar com pessoas desta natureza. Porque às vezes nos portamos da mesma maneira, servem-nos muitas vezes de espelho, fomentam a nossa auto-crítica, ajudam-nos a melhorar, fazem-nos medir, avaliar e adequar a frequência com que usamos a palavra "eu", revelam as nossas próprias fraquezas. Bem hajam!
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Porém, confesso que sou ainda mais irritável por pessoas que aproveitem todo e qualquer assunto para falar de si. São as que entram em todas as conversas, falam alto, começam todas as frases por "eu" e direccionam sempre as intervenções no sentido de impressionar o interlocutor com as suas incomparáveis qualidades, o seu gosto selecto, a sua completíssima experiência de vida... São as que nunca perguntam aos outros como estão ou o que fazem, a não ser que isso lhes permita compararem-se favoravelmente ou uma deixa para mais uma verborreia egocênctrica. São as que fazem não aquilo que querem fazer mas sim aquilo que querem que os outros as vejam fazer. Toda esta postura é obviamente reveladora de grande insegurança, falta de auto-estima e de carência ao nível dos afectos. Todas as limitações e vulnerabilidades desta gente estão expostas, não precisam de ser descobertas.
E, por este motivo, cada vez me irrito menos e reconheço que há uma grande vantagem em conhecer e lidar com pessoas desta natureza. Porque às vezes nos portamos da mesma maneira, servem-nos muitas vezes de espelho, fomentam a nossa auto-crítica, ajudam-nos a melhorar, fazem-nos medir, avaliar e adequar a frequência com que usamos a palavra "eu", revelam as nossas próprias fraquezas. Bem hajam!
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Trabalho de equipa
Hoje, quando cheguei ao gabinete, esperava-me, sobre a minha secretária, uma garrafa de Shiraz e uma mensagem de agradecimento pela minha ajuda...
A minha ajuda tinha sido pequena. Limitara-me a adaptar umas rotinas que já tinha escrito para projectos meus e assim criar um programa que fizesse a pesquisa que o colega pedira. Eu trabalhei duas horas, o computador vinte, o colega poupou algumas semanas... Sorte a minha, o computador não aprecia vinho!
Ainda que a minha intenção fosse desinteressada, não há qualquer altruismo, generosidade ou mérito especial na minha colaboração. Foi-me dado o privilégio de entrar num projecto diferente e, se houver artigo, o meu nome vai lá estar. Foi puro trabalho de equipa, em prol da ciência.
Por tudo isso o gesto do colega foi bonito e suficiente para sentir que ganhei o dia.
Mesmo que o trabalho corra mal, a confraternização permanente e as empatias e amizades criadas e reforçadas todos os dias fazem com que valha a pena saltar da cama cada manhã...
As pessoas são sempre o melhor de qualquer profissão.
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A minha ajuda tinha sido pequena. Limitara-me a adaptar umas rotinas que já tinha escrito para projectos meus e assim criar um programa que fizesse a pesquisa que o colega pedira. Eu trabalhei duas horas, o computador vinte, o colega poupou algumas semanas... Sorte a minha, o computador não aprecia vinho!
Ainda que a minha intenção fosse desinteressada, não há qualquer altruismo, generosidade ou mérito especial na minha colaboração. Foi-me dado o privilégio de entrar num projecto diferente e, se houver artigo, o meu nome vai lá estar. Foi puro trabalho de equipa, em prol da ciência.
Por tudo isso o gesto do colega foi bonito e suficiente para sentir que ganhei o dia.
Mesmo que o trabalho corra mal, a confraternização permanente e as empatias e amizades criadas e reforçadas todos os dias fazem com que valha a pena saltar da cama cada manhã...
As pessoas são sempre o melhor de qualquer profissão.
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Uma
A vida segue boa e cheia, quase não me dá tempo para blogar e só esta noite, depois de algumas semanas de jejum, me permitiu uma incursão cinematográfica, que aqui recomendo vivamente: Kill Bill Vol.2 (vejam o Vol.1 primeiro).
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Anedota do dia...
Neste jogo ficou mais uma vez provado que o Sporting é a melhor equipa do Campeonato. Isso ficou à vista. Só não ficou no primeiro lugar porque outrém, tal como afirmou, trabalhou muito para que isso acontecesse.
Dias da Cunha, 2004/05/09
Deve estar a referir-se aos jogadores do Porto e do Benfica...
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Dias da Cunha, 2004/05/09
Deve estar a referir-se aos jogadores do Porto e do Benfica...
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E a mais investimento, mais reacções...
sexta-feira, maio 07, 2004
Mais investimento
Mais uma medida (obrigado Madrinha!).
Desta vez lembraram-se das Ciências Sociais e Humanas, o que é louvável. E parece-me bem estimular unidades recém-criadas mas é importante garantir que essas unidades se tornam autónomas rapidamente e não fiquem dependentes exclusivamente de financiamento do MCES.
Outra dúvida, será que temos 243 unidades de investigação excelentes / muito boas? Por muito elitista que isto pareça, eu acho que, em Ciência, qualidade é muito mais importante que quantidade. Assim, espero que o investimento feito tenha exactamente esse efeito: dar qualidade às ditas unidades.
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Desta vez lembraram-se das Ciências Sociais e Humanas, o que é louvável. E parece-me bem estimular unidades recém-criadas mas é importante garantir que essas unidades se tornam autónomas rapidamente e não fiquem dependentes exclusivamente de financiamento do MCES.
Outra dúvida, será que temos 243 unidades de investigação excelentes / muito boas? Por muito elitista que isto pareça, eu acho que, em Ciência, qualidade é muito mais importante que quantidade. Assim, espero que o investimento feito tenha exactamente esse efeito: dar qualidade às ditas unidades.
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terça-feira, maio 04, 2004
Perfeito!
Feriado
Esta Segunda-feira foi feriado no Reino Unido. Trata-se da folga correspondente ao 1 de Maio, uma vez que, neste país, tirando a Sexta-feira Santa e o Natal, todos os feriados são na Segunda seguinte à data simbólica. Assim, todos os anos há o mesmo número de feriados, todos os feriados correspondem a fins de semana prolongados e evitam-se as "pontes".
Para mim foi dia de trabalho (premiado ao jantar com bacalhau e Monte Velho). Na verdade, cada vez me sinto mais afortunado com a flexibilidade de calendários e horários associada à minha actividade profissional. É bom ser-se self employed. Tirei férias nos últimos dias úteis da última semana para a fruição total da companhia de uma visitante muito querida e especial. E, desta vez, a intempérie do fim de semana revelou-se providencial estímulo ao trabalho, uma vez que não apetecia mesmo fazer mais nada. De manhã sentir-me-ei "em dia": no trabalho e nos afectos.
Trabalhadores
Talvez porque sempre tenha levado uma vida algo burguesa, talvez por ter uma profissão pouco canónica, talvez pela minha nula vocação sindicalista, o 1 de Maio passou-me, mais uma vez, um pouco à margem. Para minha assumida vergonha, a compreensão racional e informada (?) dos problemas dos trabalhadores, em especial da classe operária, não me faz senti-los de perto. Sou assim um pouco coxo na minha acção como cidadão. Como diz o meu querido amigo Filipe, o Dia do Trabalhador não teve o impacto merecido na blogosfera. E, não sendo eu de esquerda, não podia estar mais de acordo quando ele diz que "[...] esta data tem de ser politizada e estes assuntos têm de ser politizados. À esquerda. É esta a vocação natural da esquerda.". Estranhamente, a esquerda decidiu fazê-lo mais enfáticamente no 25 de Abril, protestando e reinvidicando nas comemorações de uma data que deu aos Portugueses a liberdade para eleger democraticamente este Governo e para, no futuro mais ou menos distante mas sempre justo, democraticamente o depôr nas urnas. O plano foi subtil e idiota: aproveitar os infelizes e inadequados mas inofensivos slogans da Coligação ("Força Portugal", revolução sem "r") e as polémicas e austeras (mas de eficácia ainda por aferir) medidas do Governo para sugerir laivos de fascismo no Poder. Primário...
As únicas memórias mais fortes que tenho de outros 1 de Maio datam do tempo em que era Monitor no Técnico e trabalhava num gabinete no piso 9 da Torre Norte, com vista panorâmica sobre a mítica e emblemática Alameda Afonso Henriques (e sobre Lisboa - que saudades!). Em dois anos consecutivos vi-me obrigado a ir trabalhar nesse feriado e o silêncio do gabinete era quebrado pelos megafones da CGTP que projectavam a voz do Carvalho da Silva, pelos pouco entusiásticos gritos de ordem habituais ("trabalho sim, desemprego não", "os trabalhadores unidos jamais serão vencidos") e por pouco inspiradas palavras de ordem contra o Governo Guterres. De um ano para o outro, só notei uma diferença: no segundo ano estava menos gente. Tudo o resto foi igual, o discurso foi idêntico, fazendo juz ao epíteto de "cassete" que o Contra-Informação carinhosamente atribuiu a todos os militantes dessa área política. É claro que os problemas também eram os mesmos. Mas ainda hoje são os mesmos. E dificilmente se resolvem quando as formas de luta não evoluem e os cérebros da reinvidicação não mudam. Não há reciclagem de "cassetes". Há quanto tempo o Carvalhas e o Carvalho da Silva ocupam os seus cargos? Com que resultados? O que vai mudando ciclicamente são aqueles que se lhes juntam nas manifestações: os mesmos que anos (meio ciclo) antes eram alvo de ataques, hoje desferem ataques de conteúdo idêntico.
Coitados dos trabalhadores. Na prática são transformados em arma de arremesso político. Ninguém os defende. Nem os Governos nem quem tem a obrigação de lutar por eles... E ninguém lhes tirou o direito ao voto.
Alargamento e Constituição
O último 1 de Maio foi histórico pelo alargamento da União Europeia. Eu apoio a adesão de todos os novos Membros, exceptuando Chipre. Acho que Portugal beneficiou muito com a entrada para a (na altura) CEE e os outros países cultural e geograficamente tão europeus como o nosso merecem a mesma oportunidade. Se formos prejudicados é culpa nossa, não soubemos aproveitar o investimento feito para nos tornarmos competitivos. Nesse sentido, talvez o alargamento tenha o efeito balsâmico de pôr Portugal a trabalhar.
Quem parece ter mais medo do alargamento é o Reino Unido. O receio da imigração descontrolada já fez com que não integrasse o espaço Schengen e tem levado à implementação de medidas bastante restritivas. Mas o que para mim é absurdo é que se referende a Constituição Europeia no dia das eleições. Referendar questões básicas e morais como a despenalização do aborto ou a adesão propriamente dita é desejável. Mas como vai o cidadão comum perceber se a Constituição Europeia é boa ou má? Quantos eleitores lerão o documento (ou mesmo a sinopse) e, de entre os que lerem, quantos o perceberão? Afinal não se elegem representantes para tratar destes assuntos? Destinados a explicar-lhes as consequências da Constituição estão os partidos... E assim temos mais uma arma de arremesso político e o resultado do referendo vai medir o equilíbrio de forças entre os partidos e não um informado sentimento popular quanto à adequação do novo documento à realidade do Reino, como seria desejável...
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Para mim foi dia de trabalho (premiado ao jantar com bacalhau e Monte Velho). Na verdade, cada vez me sinto mais afortunado com a flexibilidade de calendários e horários associada à minha actividade profissional. É bom ser-se self employed. Tirei férias nos últimos dias úteis da última semana para a fruição total da companhia de uma visitante muito querida e especial. E, desta vez, a intempérie do fim de semana revelou-se providencial estímulo ao trabalho, uma vez que não apetecia mesmo fazer mais nada. De manhã sentir-me-ei "em dia": no trabalho e nos afectos.
Trabalhadores
Talvez porque sempre tenha levado uma vida algo burguesa, talvez por ter uma profissão pouco canónica, talvez pela minha nula vocação sindicalista, o 1 de Maio passou-me, mais uma vez, um pouco à margem. Para minha assumida vergonha, a compreensão racional e informada (?) dos problemas dos trabalhadores, em especial da classe operária, não me faz senti-los de perto. Sou assim um pouco coxo na minha acção como cidadão. Como diz o meu querido amigo Filipe, o Dia do Trabalhador não teve o impacto merecido na blogosfera. E, não sendo eu de esquerda, não podia estar mais de acordo quando ele diz que "[...] esta data tem de ser politizada e estes assuntos têm de ser politizados. À esquerda. É esta a vocação natural da esquerda.". Estranhamente, a esquerda decidiu fazê-lo mais enfáticamente no 25 de Abril, protestando e reinvidicando nas comemorações de uma data que deu aos Portugueses a liberdade para eleger democraticamente este Governo e para, no futuro mais ou menos distante mas sempre justo, democraticamente o depôr nas urnas. O plano foi subtil e idiota: aproveitar os infelizes e inadequados mas inofensivos slogans da Coligação ("Força Portugal", revolução sem "r") e as polémicas e austeras (mas de eficácia ainda por aferir) medidas do Governo para sugerir laivos de fascismo no Poder. Primário...
As únicas memórias mais fortes que tenho de outros 1 de Maio datam do tempo em que era Monitor no Técnico e trabalhava num gabinete no piso 9 da Torre Norte, com vista panorâmica sobre a mítica e emblemática Alameda Afonso Henriques (e sobre Lisboa - que saudades!). Em dois anos consecutivos vi-me obrigado a ir trabalhar nesse feriado e o silêncio do gabinete era quebrado pelos megafones da CGTP que projectavam a voz do Carvalho da Silva, pelos pouco entusiásticos gritos de ordem habituais ("trabalho sim, desemprego não", "os trabalhadores unidos jamais serão vencidos") e por pouco inspiradas palavras de ordem contra o Governo Guterres. De um ano para o outro, só notei uma diferença: no segundo ano estava menos gente. Tudo o resto foi igual, o discurso foi idêntico, fazendo juz ao epíteto de "cassete" que o Contra-Informação carinhosamente atribuiu a todos os militantes dessa área política. É claro que os problemas também eram os mesmos. Mas ainda hoje são os mesmos. E dificilmente se resolvem quando as formas de luta não evoluem e os cérebros da reinvidicação não mudam. Não há reciclagem de "cassetes". Há quanto tempo o Carvalhas e o Carvalho da Silva ocupam os seus cargos? Com que resultados? O que vai mudando ciclicamente são aqueles que se lhes juntam nas manifestações: os mesmos que anos (meio ciclo) antes eram alvo de ataques, hoje desferem ataques de conteúdo idêntico.
Coitados dos trabalhadores. Na prática são transformados em arma de arremesso político. Ninguém os defende. Nem os Governos nem quem tem a obrigação de lutar por eles... E ninguém lhes tirou o direito ao voto.
Alargamento e Constituição
O último 1 de Maio foi histórico pelo alargamento da União Europeia. Eu apoio a adesão de todos os novos Membros, exceptuando Chipre. Acho que Portugal beneficiou muito com a entrada para a (na altura) CEE e os outros países cultural e geograficamente tão europeus como o nosso merecem a mesma oportunidade. Se formos prejudicados é culpa nossa, não soubemos aproveitar o investimento feito para nos tornarmos competitivos. Nesse sentido, talvez o alargamento tenha o efeito balsâmico de pôr Portugal a trabalhar.
Quem parece ter mais medo do alargamento é o Reino Unido. O receio da imigração descontrolada já fez com que não integrasse o espaço Schengen e tem levado à implementação de medidas bastante restritivas. Mas o que para mim é absurdo é que se referende a Constituição Europeia no dia das eleições. Referendar questões básicas e morais como a despenalização do aborto ou a adesão propriamente dita é desejável. Mas como vai o cidadão comum perceber se a Constituição Europeia é boa ou má? Quantos eleitores lerão o documento (ou mesmo a sinopse) e, de entre os que lerem, quantos o perceberão? Afinal não se elegem representantes para tratar destes assuntos? Destinados a explicar-lhes as consequências da Constituição estão os partidos... E assim temos mais uma arma de arremesso político e o resultado do referendo vai medir o equilíbrio de forças entre os partidos e não um informado sentimento popular quanto à adequação do novo documento à realidade do Reino, como seria desejável...
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domingo, maio 02, 2004
Ser Mãe
Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
Coelho Neto
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o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
Coelho Neto
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